A evolução do acesso aos serviços de saúde no Brasil desde o descobrimento até os dias atuais passou por diversas transformações. No período da colonização portuguesa, a chegada dos colonizadores trouxe doenças que afetaram a população nativa, mas a preocupação com a saúde era mínima. Com a vinda da família real portuguesa em 1808, houve investimentos na infraestrutura do país, incluindo a criação dos cursos universitários de Medicina, Cirurgia e Química. As entidades religiosas, como as Santas Casas de Misericórdia, desempenharam um papel importante no fornecimento de tratamentos de saúde para pessoas sem condições financeiras. Em 1822, com a independência do Brasil, D. Pedro II promoveu mudanças para melhorar a higiene urbana e instituiu a vacinação obrigatória contra a varíola para crianças. Durante o período getulista, houve a centralização da saúde pública com a criação do Ministério da Educação e Saúde, além da concessão de assistência médica e licença-gestante para trabalhadoras. O Ministério da Saúde foi criado em 1953, com o objetivo de definir políticas públicas de saúde e melhorar o atendimento em áreas rurais. Nesse período, também ocorreram as primeiras conferências sobre saúde pública no Brasil. Durante a ditadura militar, os cortes orçamentários afetaram a saúde pública, resultando no aumento de doenças como dengue, meningite e malária. No entanto, o governo criou o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) para tentar reverter essa situação. Ao longo dos anos, o acesso aos serviços de saúde no Brasil passou por avanços e desafios, com a implementação do Sistema Único de Saúde (SUS) em 1988, que busca garantir o acesso universal e igualitário aos serviços de saúde para toda a população. No entanto, ainda existem desafios a serem enfrentados para garantir um acesso efetivo e de qualidade aos serviços de saúde no país.
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