O ciclo ovariano é dividido em diferentes fases, que são: 1. Fase Folicular: é a fase inicial do ciclo menstrual, onde ocorre a preparação para a ovulação. Nessa fase, o FSH (hormônio folículo-estimulante) está alto, o que estimula o crescimento e amadurecimento dos folículos ovarianos. Cada folículo contém um ovócito, e ao final dessa fase, somente um folículo estará pronto para liberar o ovócito. O estrogênio também está alto nessa fase, o que faz com que o endométrio fique espesso para poder receber o ovócito fertilizado e desenvolver o embrião. Os níveis de estrogênio aumentam alguns dias antes da ovulação, sendo seu pico um dia antes. Além disso, os níveis de estrogênio e LH (hormônio luteinizante) estão altos quando ocorre a ovulação, que é quando o aumento de LH faz com que o folículo rompa e libere um ovócito. 2. Fase da ovulação: ocorre no meio do ciclo menstrual, quando o ovócito é liberado do folículo ovariano para a trompa de falópio. O LH está alto nessa fase e induz a ovulação. O ovócito é liberado do ovário e desloca-se para o útero, enquanto isso o endométrio continua a ficar espesso pela ação do estrogênio. Demora cerca de três a quatro dias para o ovócito se deslocar em direção ao útero. Para que haja gravidez, a fertilização deve ocorrer dentro de 24 horas após a ovulação ou o ovócito degenera. 3. Fase lútea: após a ovulação, o folículo ovariano se torna uma estrutura de produção de hormônios (progesterona e estrogênio), chamado corpo lúteo, estimulando ainda mais o desenvolvimento do endométrio. Se a mulher não engravidar, o corpo lúteo se degenera, e as taxas de progesterona e estrogênio diminuem. O estímulo para o espessamento do endométrio é perdido, portanto é necessário “jogá-lo fora”, daí que vem o sangramento menstrual. 4. Fase secretória ou progestacional: começa 2/3 dias depois da ovulação, a progesterona é produzida pelo corpo lúteo, o tecido fica mais espesso e as artérias uterinas e glândulas ficam mais espiraladas. 5. Fase isquêmica: é a regressão do corpo lúteo, queda das taxas de progesterona e estrogênio. Mudanças vasculares interrompem o fluxo sanguíneo local – isquemia e ruptura dos vasos, o que leva à perda e ao extravasamento de sangue para a cavidade uterina, juntamente com o tecido endometrial. Se a mulher fica grávida, o corpo lúteo (corpo lúteo gravídico) continua a existir e a produzir progesterona e estrogênio. Cerca de cinco dias após a fecundação, o ovócito fecundado entra no útero e é “implantado” na parede interna do útero. O HCG (sinciotrofoblasto) mantém o corpo lúteo secretando estrogênio e progesterona – fase lútea prossegue e não ocorre a menstruação – fase gravídica. O corpo lúteo assegura a produção hormonal e manutenção do endométrio até cerca de 8 a 12 semanas de gestação. A partir desta fase, a placenta assume esta função. Após o pico de HCG 9 semanas, os valores tendem a cair progressivamente até desaparecerem por completo um mês após o parto.
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