Em março de 2023, uma Resolução da CAMEX majorou a alíquota do imposto de importação e do imposto de renda, indicando que sua entrada em vigor é “na data de sua publicação”. Três dias depois, o imposto de importação foi cobrado com sua nova alíquota e essa nova alíquota foi aplicada às rendas recebidas em 2022. Com base nisso, responda as perguntas abaixo, justificando sua resposta, com fundamento na Constituição, na jurisprudência e na doutrina, tendo como referência os princípios.
a) Essas alterações são constitucionais?
b) A cobrança do imposto de importação é devida?
c) A aplicação da nova alíquota às rendas recebidas em 2022 é constitucional?
d) O Imposto de Importação e o Imposto de Renda são constituídos por quais espécies de lançamento? Explique os procedimentos.
a) Sim, as alterações são constitucionais, pois a Constituição Federal prevê a possibilidade de alteração de alíquotas de impostos por meio de lei ou resolução, desde que respeitados os princípios constitucionais e as normas legais aplicáveis. b) Sim, a cobrança do imposto de importação é devida, pois a nova alíquota entrou em vigor na data de sua publicação, conforme previsto na Resolução da CAMEX. c) Não, a aplicação da nova alíquota às rendas recebidas em 2022 não é constitucional, pois a retroatividade de tributos é vedada pela Constituição Federal, salvo em casos excepcionais previstos em lei. d) O Imposto de Importação e o Imposto de Renda são constituídos por lançamento por homologação, ou seja, o contribuinte é responsável por calcular e recolher o imposto devido, sendo que a autoridade fiscal tem o poder de homologar ou não o lançamento. No caso do Imposto de Importação, o procedimento é realizado no momento do desembaraço aduaneiro, enquanto que no caso do Imposto de Renda, o contribuinte deve realizar a declaração anual de ajuste.
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