O quadro de violência urbana é propício para a difusão da “Cultura do medo”, um efeito derivado, do processo de “acumulação social de violência”, p...
O quadro de violência urbana é propício para a difusão da “Cultura do medo”, um efeito derivado, do processo de “acumulação social de violência”, por meio de coberturas midiáticas sensacionalistas de crimes, em sociedades capitalistas globalizadas, permitindo a legitimação de soluções policiais para problemas sociais, em que através da tecnologia, como por exemplo em redes sociais, o espectador que antes era receptor passivo das mensagens possa, entrar em atividade com comentários em notícias em sites eletrônicos.
Para que os índices de criminalidade no espaço urbano possam ser minorados, é necessária a aproximação do aparato policial com outros sistemas de serviços público e sociais, mas não apenas com o pretexto amedrontar a população, visando o retorno do Estado Máximo, de índole eminentemente policialesca e cerceador das liberdades fundamentais.
O que se visa é a aproximação e o diálogo das instituições de segurança pública com a população, a fim de que se restabeleça a confiança que vem sendo diminuída em relação ao papel dos policiais como “protetores da sociedade”.
Com base em experiências no policiamento comunitário, infere-se o melhor instrumento preventivo no combate a criminalidade, mas tudo isso é insuficiente enquanto não houver investimento substancial nos índices de educação, fomentando a cultura e abertura de espaços de cidadania e integração social. Somente assim, ainda que a médio e longo prazo, serão reduzidas as ocasiões propícias ao surgimento e desenvolvimento do comportamento criminoso.
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