(SELECON – 2018 - adaptada) O processo de modernização da agricultura, também conhecido por aquilo que o geógrafo Jurandyr L. Sanches Ross defende como a industrialização da agricultura, revela a unificação entre a indústria e agricultura, por conta de que ele considera como o desenvolvimento de "liames de sujeição que funcionam como peias, como amarras ao campesinato, fazendo com que ele produza ás vezes, exclusivamente para a indústria" (1995, p 477-478). Se um professor de Geografia levar em conta a perspectiva do autor, abordará, com seus alunos, o desenvolvimento capitalista no campo como fruto de dois processos: um em que o capital se territorializa (territorialização de capital monopolista na agricultura) e outro quando o capital monopoliza o território sem se territorializar. Segundo essa abordagem, as consequências dos dois mecanismos seriam, respectivamente:


A) a distribuição de riquezas, simultaneamente, nas áreas rurais e nas cidades - os camponeses seriam prioritariamente empregados em serviços de alta qualificação no setor secundário.
B) a abertura de espaço para que a produção camponesa se desenvolva - o proprietário da terra acumula simultaneamente o lucro da atividade industrial e agrícola.
C) a eliminação dos trabalhadores do campo, concentrando-os nas cidades - a criação, recriação e redefinição das relações de produção camponesa e familiar.
D) a implementação da monocultura definindo e caracterizando o campo - os trabalhadores deslocados do campo se deslocam para as cidades e se tornam assalariados na indústria, comércio e serviços.
E) a diminuição da influência dos centros urbanos sobre o campo, gerando uma inversão do êxodo rural, garantindo uma menor participação camponesa no processo laboral.