Em algumas sociedades onde prevalece o domínio religioso, cabe aos sacerdotes, inspirados pela vontade dos deuses, ditar a moral sexual. Já nas cha...
Em algumas sociedades onde prevalece o domínio religioso, cabe aos sacerdotes, inspirados pela vontade dos deuses, ditar a moral sexual. Já nas chamadas sociedades científicas e tecnocratas são os sábios (médicos, psicanalistas, psicólogos, pedagogos, etc.) que se ocupam da regulação da sexualidade. Sobre a ética e a sexualidade, verifique as alternativas a seguir e assinale a INCORRETA.
1. As questões introduzidas pelo Cristianismo, no que diz respeito à participação da sexualidade nas formações das referências ético-morais e dos ideais sociais da cultura ocidental, foram e têm sido objeto de vários estudos. 2. As questões sexuais parecem constranger e amedrontar a Igreja por ocultar implicações que extrapolam o campo da sexualidade. Representações de Deus, da salvação e do pecado, como tentativas de barrar o retorno do recalcado, podem de fato estar em jogo em torno dessa problemática. Além de uma questão moral, a Igreja se vê imobilizada diante de um emaranhado de questões dogmáticas. Por isso mudanças na moral sexual encontram resistências e impossibilidades. 3. A questão da moral e da ética sexual é um fato cultural. Todas as sociedades mantêm regras a respeito da libido. Existe um controle em relação aos “prazeres da carne”, com intensidades diferentes e em momentos sócio-históricos variados, um elemento constitutivo do ser humano. 4. Apesar de permitida, a atividade sexual, que é extremamente variável em sua forma, sempre foi atrelada a regras que variam de acordo com cada sociedade. 5. O discurso sobre a sexualidade é um artefato que foi criado para lidar com o mistério sexual, que tem como ser observado e controlado. Sendo o inconsciente sexual, suas produções são muitas vezes sentidas, tanto pelo sujeito quanto pela cultura, como algo da ordem do simples, comum e que pode ser usufruído por qualquer um independente da religião.
A alternativa incorreta é a número 5. O discurso sobre a sexualidade não foi criado para lidar com o mistério sexual, mas sim para compreender e discutir as diferentes dimensões e aspectos da sexualidade humana.
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