A história das religiões afro-brasileiras pode ser dividida em três momentos: primeiro, o da sincretização com o catolicismo, durante a formação das modalidades tradicionais conhecidas como candomblé, xangô, tambor de mina e batuque; segundo, o do branqueamento, na formação da umbanda nos anos 20 e 30; terceiro, da africanização, na transformação do candomblé em religião universal, isto é, aberta a todos, sem barreiras de cor ou origem racial, africanização que implica negação do sincretismo a partir dos anos 60. Até a década de 1930, as religiões negras podiam ser incluídas na categoria das religiões étnicas ou de preservação de patrimônios culturais dos antigos escravos negros e seus descendentes; religiões, enfim, que mantinham vivas tradições de origem africana.
PRANDI, Reginaldo. Referências Sociais das Religiões Afro-brasileiras: Sincretismo, Branqueamento, Africanização. Carlos Cardoso e Jeferson Bacelar (orgs.). Faces da Tradição Afro-brasileira. Rio de Janeiro, Pallas, 1999 (adaptado).
Sobre as religiões africanas no território brasileiro, considere a situação a seguir.
Um professor, com o objetivo de acabar com os preconceitos de alguns de seus alunos a respeito das religiões de matriz africana, resolve se aprofundar no assunto para levar novos conhecimentos para a sala de aula. Durante sua pesquisa, ele obteve uma série de informações importantes que poderiam contribuir para o seu propósito.
Tendo em vista o ensino e a pesquisa do professor sobre as religiões de matriz africana praticadas no Brasil, avalie as afirmações a seguir.
I. O professor esclareceu aos alunos que entender a religiosidade de matriz africana é compreender as comunidades tradicionais africanas que foram transplantadas para o Brasil desde o início da colonização, pois a formação dessas religiões mostrou ser uma forma de luta e resistência contra a opressão europeia.
II. O professor explicou aos alunos que os praticantes das religiões de matriz africana encontram sentido em seus rituais ao se identificarem com suas origens, frente à imposição etnocêntrica da religiosidade europeia, que se manifestava no desrespeito da religiosidade, não só dos africanos, como também dos indígenas.
III. O professor disse que os africanos trazidos para o Brasil se esforçaram ao máximo para preservarem suas identidades e tradições oriundas da África, apesar de toda precariedade e repressão, inclusive promovendo um processo de sincretização com o cristianismo, como forma de proteger suas identidades culturais.
É correto o que se afirma em
A)
III, apenas.
B)
II e III, apenas.
C)
I, apenas.
D)
I, II e III.
E)
I e II, apenas.
A resposta correta é a alternativa D) I, II e III. O professor esclareceu aos alunos que entender a religiosidade de matriz africana é compreender as comunidades tradicionais africanas que foram transplantadas para o Brasil desde o início da colonização, pois a formação dessas religiões mostrou ser uma forma de luta e resistência contra a opressão europeia. Além disso, explicou que os praticantes das religiões de matriz africana encontram sentido em seus rituais ao se identificarem com suas origens, frente à imposição etnocêntrica da religiosidade europeia. E por fim, destacou que os africanos trazidos para o Brasil se esforçaram ao máximo para preservarem suas identidades e tradições oriundas da África, inclusive promovendo um processo de sincretização com o cristianismo, como forma de proteger suas identidades culturais.
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