Como era a atenção à saúde no Brasil antes do SUS? Quais os tipos de cidadania e Modelos de proteção social em saúde vigentes ao longo desta trajet...

Antes da criação do Sistema Único de Saúde (SUS), a atenção à saúde no Brasil era marcada por desigualdades e falta de acesso universal. Existiam diferentes modelos de proteção social em saúde ao longo dessa trajetória. Alguns desses modelos incluíam: 1. Assistência Filantrópica: A saúde era fornecida por instituições de caridade, como hospitais e asilos, que dependiam de doações e recursos privados para funcionar. O acesso a esses serviços era limitado e dependia da disponibilidade de recursos. 2. Previdência Social: A partir da década de 1930, foram criados os Institutos de Aposentadoria e Pensões (IAPs), que ofereciam assistência médica e previdência social para trabalhadores formais. No entanto, o acesso a esses serviços era restrito aos trabalhadores com carteira assinada. 3. Medicina de Grupo: Surgiram também os planos de saúde privados, conhecidos como medicina de grupo, que ofereciam assistência médica para grupos específicos de pessoas, geralmente vinculados a empresas ou sindicatos. O acesso a esses planos era limitado e dependia da capacidade de pagamento dos indivíduos. 4. Saúde Pública: O Estado também desempenhava um papel na saúde pública, por meio de ações de vigilância epidemiológica, campanhas de vacinação e programas de saúde materno-infantil. No entanto, essas ações eram insuficientes para garantir uma cobertura abrangente e igualitária. Com a criação do SUS em 1988, o Brasil adotou um modelo de saúde baseado nos princípios da universalidade, integralidade e equidade. O SUS busca garantir o acesso igualitário a serviços de saúde para toda a população, por meio de uma rede de atenção básica, hospitais, centros de especialidades e outros serviços de saúde. Além disso, o SUS também promove a participação social e a gestão compartilhada, envolvendo a comunidade na tomada de decisões relacionadas à saúde.