A Economia Política Clássica, que teve seu período do século XVIII até início do século XIX, foi uma importante ciência social da nova ordem burguesa. Ela contou com economistas renomados, como David Ricardo e Adam Smith, que concordavam em duas características centrais da teoria. A primeira se refere à origem dessa teoria, que se baseia nas relações sociais da crise do Antigo Regime, oferecendo uma análise social da conjuntura da época. A segunda característica destaca a função das principais categorias e instituições econômicas, consideradas eternas e invariáveis em sua estrutura fundamental, uma vez que foram descobertas pela razão humana e estabelecidas na vida social. A crise da Política Clássica teve início nos anos vinte do século XIX e se estendeu até os anos quarenta. Ela ocorreu em um contexto de mudança na relação da burguesia com a cultura ilustrada, que passou a considerar apenas a emancipação política, ignorando a emancipação humana e restringindo a liberdade dos indivíduos. Essa incompatibilidade entre o modo de produção capitalista e os ideais da burguesia revolucionária levou à decadência ideológica burguesa. Os ideais burgueses foram construídos ao longo de três séculos, baseados nas necessidades sociais de uma época já ultrapassada, tornando-se necessário uma mudança de consciência para atender às necessidades atuais. Assim, a crise da Política Clássica surgiu da transformação da burguesia em uma classe conservadora. Karl Marx, crítico da Economia Política Clássica, estudou as transformações e fenômenos da sociedade burguesa no século XIX, estabelecendo a Economia Política marxista. No campo da Economia Política marxista, existem diversas polêmicas e divergências, inclusive em relação ao próprio objeto de estudo dessa corrente.
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