As questões a seguir embasam-se na obra de Viriato Corrêa. Escrita na década de 1930, essa obra literária contém as memórias de infância do menino ...
As questões a seguir embasam-se na obra de Viriato Corrêa. Escrita na década de 1930, essa obra literária contém as memórias de infância do menino Cazuza, vivida no interior do Maranhão no final do século XIX. Nessa poesia popular nordestina trazida por Viriato Corrêa, em 'Cazuza', observa-se o intuito dos repentistas de sobrepujarem um ao outro. O outro acelerou os dedos nas cordas da viola e respondeu: 'Se eu for contar minhas artes Não acabo nunca mais; Para apagar os incêndios Uso breu e aguarrás, Eu ponho luneta em pulga, E gravata em Satanás, Eu faço gelo com brasa, Coisa que você não faz, Faço o carro andar na frente, Faço o boi andar atrás.' E ergueu-se. José Firmino ergueu-se também. Eram ambos fortes no desafio. Não haveria vencido nem vencedor. Não valia a pena teimar. CORRÊA, Viriato. Cazuza. 37ª ed. São Paulo: Editora Nacional, 1992. Questão 14 Entre as estratégias contundentes utilizadas nas gabolices, destacam-se construções paradoxais, a exemplo do par de versos:
a) 'Os peixes saem do mar, Os anjos descem do céu,' b) 'Mas quando pego a viola, Quando começo a cantar' c) 'Um empurrão do meu dedo Bota dez morros no chão.' d) 'Para apagar os incêndios Uso breu e aguarrás,' e) 'Eu engulo brasa viva, Pego corisco com a mão,'
A alternativa correta é a letra D) "Para apagar os incêndios, Uso breu e aguarrás". Essa construção paradoxal é uma das estratégias contundentes utilizadas nas gabolices presentes na obra "Cazuza" de Viriato Corrêa.
0
0
Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto
Compartilhar