“De acordo com o indutivista ingênuo, a ciência começa com a observação. O observador científico deve ter órgãos sensitivos normais e inalterados e deve registrar fielmente o que puder ver, ouvir e etc, em relação ao que está observando, e deve fazê-lo sem preconceitos”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CHALMERS, A. F. O que é ciência afinal? Tradução de Raul Fiker São Paulo: Brasiliense, 1993. p. 23.
Levando em conta o fragmento de texto e os conteúdos do livro-base Introdução histórica à filosofia das ciências sobre o saber comum e a ciência, marque V para as asserções verdadeiras e F para as asserções falsas:
I. ( ) Fatos isolados para o saber comum acabam por serem demarcados pela crença na repetitividade e pela capacidade de desenvolver quaisquer previsões sem necessariamente o auxílio da ciência. II. ( ) No saber comum é recorrente basear-se no princípio de indução, ou seja, a extrapolação de eventos particulares para o geral. III. ( ) Na expectativa de que os mesmos fatos virão a se repetir no futuro, o princípio generalizante da indução (típico do saber comum) defende que a natureza se repete segundo uma certa ordem. IV. ( ) Segundo o saber comum, há expectativa em quem efetua as previsões por meios não-científicos de que se realizem, pois senão entra-se em descrédito. A V – F – V – F B V – F – V – V
Questão 1/10 - Filosofia da Ciência Leia o fragmento de texto a seguir:
“Na cultura europeia, sensus communis vem a significar eventualmente ‘um conjunto de noções’ comum a uma sociedade e que se baseia no ‘poder de discernimento’ dos indivíduos. Em grego, os conceitos correspondentes são koine ennoia e koine aisthesis. Descreveremos o papel de Cícero nesses dois conceitos em latim [...] Então Cícero é mais que um escritor e filósofo e se quisermos estudar o processo pelo qual koine aisthesis, koine ennoia e koinos nous veio a ser traduzido por sensus communis em sua obra [...]. Nosso conhecimento de sensus communis e o seu uso no latim clássico [...] é criticamente dependente dos escritos de Cícero”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: BUGTER, S. E. W. Sensus Communis in the Works of M. Tullius Cicero . In: HOLTHOON, F. v.; OLSON, D. R. Common Sense: The Foundations for Social Science. p. 83-98, Lanham/ New York/ London: University Press of America,1987. (Sources in Semiotics, v. 6). p. 83, 86. Tradução elaborada pelo autor desta questão.
Levando em consideração o fragmento de texto e os conteúdos do livro -base Introdução histórica à filosofia das ciências sobre a concepção de sensus communis, assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
A Sensus communis não exprime a sensibilidade humana para com os outros humanos e para com a comunidade.
B Nos escritores latinos, como Cícero, sensus communis significa costume, gosto, modo comum de viver ou de falar. Você assinalou essa alternativa (B) Você acertou! A alternativa correta é a letra b). Segundo o livro-base: “Sensus communis exprime a sensibilidade humana para com outros humanos e para com a comunidade. Abbagnano esclarece esse outro significado em seu verbete senso comum: ‘Nos escritores clássicos latinos, essa expressão tem o significado de costume, gosto, modo comum de viver ou de falar’ [...]. Nas palavras de Cícero, podemos perceber a forte relação entre o senso comum e a retórica: ‘O conhecimento de outras artes é adquirido de fundamentos obscuros e abstrusos, mas a eloquência consiste no mais óbvio dos princípios, o conhecimento da vida comum, nos hábitos e na conversação do gênero humano. Em outras artes, aquele que se sobressai é o homem que avança profundamente na estrada mais distante do conhecimento; ao passo que, na eloquência, o erro mais temível que pode ser cometido é desviar-se em expressões abstrusas, descompassar-se do senso comum’. [...]. No período moderno, o senso comum ainda mantém uma certa relação com a retórica. Mas, por vezes é considerado ou de forma pejorativa (preconceito e superstição) ou de forma enaltecedora (autoridade)” (livro-base, p. 50,51). A alternativa a) está errada, porque sensus communis exprime a sensibilidade humana para com outros humanos e para com a comunidade. A alternativa c) está errada, porque sensus communis tem relação com a retórica e o conceito de eloquência consiste no mais óbvio dos princípios. A alternativa d) está errada, porque para Cícero sensus communis aproxima-se do conhecimento da vida, dos hábitos e da conversação. A alternativa e) está errada, porque, segundo Cícero, a eloquência no que tange ao sensus communis deve desviar-se de expressões abstrusas.
A Sensus communis não exprime a sensibilidade humana para com os outros humanos e para com a comunidade. B Nos escritores latinos, como Cícero, sensus communis significa costume, gosto, modo comum de viver ou de falar. C Cícero afirma que sensus communis não tem relação com a retórica e que a eloquência é um princípio obscuro. D O sensus communis, segundo Cícero, distancia-se do conhecimento da vida comum, dos hábitos e da conversação. E A eloquência, segundo Cícero, inevitavelmente orienta-se em direção das expressões abstrusas.
Questão 2/10 - Filosofia da Ciência Considere o seguinte fragmento de texto:
“O primeiro caráter do conhecimento científico, reconhecido até por cientistas e filósofos das mais diversas correntes, é a objetividade, no sentido de que a ciência intenta afastar do seu domínio todo o elemento afetivo e subjetivo, deseja ser plenamente independente dos gostos e das tendências pessoais do sujeito que a
A A ciência busca ser plenamente independente dos gostos e das tendências pessoais do sujeito que a pratica. B A objetividade é um elemento afetivo e subjetivo presente no conhecimento científico. C A ciência valoriza a subjetividade e os gostos pessoais do sujeito que a pratica. D A objetividade é um elemento indesejado no conhecimento científico. E A ciência busca ser plenamente dependente dos gostos e das tendências pessoais do sujeito que a pratica.
Sobre as diferenças entre ciência e saber comum, assinale as afirmativas a seguir que contemplem tais fatores:
I. Uma das diferenças entre ciência e saber comum é a presença de um método que apresente condições rigorosas para se obterem dados da experiência e analisá-los. II. Outra diferença entre ciência e saber comum é a presença de um modelo teórico inserido em um complexo teórico ainda maior e conectado a outras teorias. III. A diferença definitiva entre a ciência e o saber comum é que a ciência não depende da experiência, basta o modelo teórico para fazer previsões. IV. Apenas a ciência precisa ser confirmada pela experiência, o saber comum está dispensado dessa exigência. A I, II e III B I, III e IV C I e III D I, II e IV E I e II
Questão 5/10 - Filosofia da Ciência Leia o fragmento de texto a seguir: “Numa atitude pedagógica, Bachelard assegura que a filosofia do não, não é um negativismo, nem tem necessariamente de conduzir a um niilismo; ela e´, inversamente, uma atividade construtiva. Um pensamento dialetizador afigura-se, então, a melhor forma de aumentar a garantia de criar fenômenos científicos completos. Bachelard utilizou o termo “dialética”, no contexto da epistemologia para promover uma nova filosofia das ciências. Segundo Abou-Diwan, a “dialética” bachelardiana tem por método colocar em relação mútua as diferentes dimensões que intervêm na investigação científica: o normativo, o lógico, o teórico e o experimental”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: BENTO, Elói Alberto. Gaston Bachelard: o lado nocturno do filósofo. 2010. 139 f. Dissertação (Mestrado em Filosofia da Educação) – Curso Integrado de Estudos Pós-Graduados em Filosofia. Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Porto, 2010. p. 47. Levando em conta o fragmento de texto e os conteúdos abordados no livro-base Introdução histórica à filosofia das ciências sobre os princípios da filosofia do não de Bachelard, assinale a afirmativa correta:
A Bachelard deseja eliminar os limites da filosofia da ciência, para essa árdua tarefa, como ele próprio a qualifica, pede aos filósofos o direito de evitar elementos filosóficos desligados de suas origens. B Bachelard pretende não usar a epistemologia kantiana na filosofia das ciências, e, sob esse olhar, deslocado do ecletismo dos fins para o ecletismo dos meios, deseja enfrentar todas as tarefas do pensamento científico. C Bachelard pede aos filósofos que reafirmem a ambição de um único ponto de vista para ajuizar o conjunto de uma ciência (como a física) e sob o desejo de caracterizar a filosofia da ciência, Bachelard admite considerar uma unicidade filosófica.
Levando em conta o fragmento de texto e os conteúdos do livro-base Introdução histórica à filosofia das ciências sobre a concepção dos três graus de considerar-algo-verdadeiro de Kant, analise as afirmativas a seguir que contemplem tais fatores:
I. Os três graus de considerar-algo-verdadeiro para Kant são: opinar, crer e saber. II. Opinar é considerar-algo-verdadeiro tanto subjetivamente quanto objetivamente insuficiente. III. Crer é considerar-algo-verdadeiro objetivamente suficiente e subjetivamente insuficiente. IV. Saber é considerar-algo-verdadeiro objetivamente insuficiente e subjetivamente suficiente. A I, II e III B I, III e IV C I e III D I, II e IV E I e II
Considerando o fragmento de texto e os conteúdos do livro-base Introdução histórica à filosofia das ciências sobre senso comum para Aristóteles, assinale a afirmativa correta:
A O significado de senso comum para Aristóteles se relaciona a uma certa capacidade animal. B Segundo Aristóteles, senso comum não possibilita que os sentidos percebam características coletivamente. C Movimento e tamanho são características excluídas pelo senso comum para Aristóteles. D Aristóteles assevera que senso comum não tem relação com os sentidos de animais e pessoas. E A identificação das coisas físicas pela percepção, segundo Aristóteles, é dada pelos sentidos e contribuem indiretamente e acidentalmente.
Leia o extrato de texto a seguir: recimento, intersubjetividade e reflexividade. III.( ) Para Hessen e Porta, a finalidade da filosofia é a mesma, ou seja, ambos concordam que essa disciplina é uma atividade subjetiva, autorreflexiva e assintótica.
IV. ( ) Nem Hessen e nem Porta desconsideram a filosofia em seu âmbito teórico, na realidade, ambos a consideram apenas em sua função prática e, para todos os fins, universal e objetiva. Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
A V – F – V – F B V – F – V – V C F – V – V – F D V – V – F – F
De acordo com o fragmento de texto e com os conteúdos do livro-base Introdução histórica à filosofia das ciências sobre a concepção de senso no que tange o ato de julgar segundo a teoria dos juízos de Kant, assinale a afirmativa correta:
A Senso, de modo geral, é o mesmo que a faculdade do juízo. B Uma concepção simples do juízo é o mero ato de decidir entre o certo e o errado. C Segundo Kant, o juízo sintético é uma proposição em que o predicado acrescenta algo à compreensão do sujeito.
D Kant assevera que juízos sintéticos a posteriori são necessários, universais e independentes da experiência.