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A adoção consiste em ato jurídico em sentido estrito, de cunho complexo, excepcional, irrevogável e personalíssimo, que firma a relação paterno ou ...

A adoção consiste em ato jurídico em sentido estrito, de cunho complexo, excepcional, irrevogável e personalíssimo, que firma a relação paterno ou materno-filial com o adotando, em perspectiva constitucional isonômica em face da filiação biológica. (cf. Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho. Manual de Direito Civil. Vol. Único, 4.ª ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2020, p. 2.084) Quanto aos requisitos de idade para adoção, conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), é de 18 anos a idade mínima para adotar (art. 42), devendo a parte adotante ser, ainda, dezesseis anos mais velha que o adotando (art. 42, § 3.º). Entretanto, essa regra do ECA tem sido flexibilizada pelo Superior Tribunal de Justiça, com base nos princípios do melhor interesse da criança e do adolescente e da socioafetividade.


A regra que estabelece a diferença mínima de 16 (dezesseis) anos de idade entre adotante e adotando (art. 42, § 3º do ECA) pode, dada as peculiaridades do caso concreto, ser relativizada no interesse do adotando. (STJ. Quarta Turma. REsp 1.338.616-DF, Rel. min. Marco Buzzi, julgado em 15/6/2021)
A diferença etária mínima de 16 (dezesseis) anos entre adotante e adotado pode ser flexibilizada à luz do princípio da socioafetividade. (STJ. Terceira Turma. REsp 1.785.754-RS, Rel. min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 8/10/2019)
Obs. Será pontuado o candidato que mencionar o princípio da afetividade, por ser considerado sinônimo do princípio da socioafetividade.
Assim, o magistrado pode, dadas as peculiaridades do caso concreto, relativizar, à luz dos citados princípios, a diferença mínima de dezesseis anos de idade entre adotante e adotando exigida pelo § 3.º do art. 42 do ECA, uma vez que esse limite mínimo legal constitui apenas um norte a ser seguido, e não uma regra absoluta.

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De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a idade mínima para adotar é de 18 anos (art. 42). Além disso, a parte adotante deve ser pelo menos dezesseis anos mais velha que o adotando (art. 42, § 3º). No entanto, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) tem flexibilizado essa regra com base nos princípios do melhor interesse da criança e do adolescente e da socioafetividade. Portanto, a diferença mínima de dezesseis anos de idade entre adotante e adotando pode ser relativizada pelo magistrado, levando em consideração as peculiaridades do caso concreto e os princípios mencionados.

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