Com base nas proposições apresentadas, podemos analisar cada uma delas: I - A proposição destaca que o problema não está apenas na prioridade dada à pobreza como categoria de análise para pensar as políticas sociais, mas também na forma como os pobres são tratados. Eles são renomeados por suas fragilidades, descontextualizados e des-historicizados, aparecendo no discurso tecnocrático reconstituídos por um novo tipo de vigilância moral. II - Nessa proposição, é apontado que a pobreza é distanciada dos debates estruturais e transformada em um objeto técnico isolado. Isso significa que a compreensão da pobreza é separada da dinâmica estrutural de produção da riqueza, fazendo com que o trabalho deixe de ser o centro ordenador das políticas sociais, transformando-as em oportunidades individuais de obtenção de renda. III - A terceira proposição destaca a hipervalorização das análises técnicas da pobreza. Essa valorização vai além da busca pela eficácia na implementação dos programas sociais, pois a questão social tem sido ressignificada pela ação instrumental e por meio de códigos de um novo economicismo solidário. Portanto, as proposições I, II e III abordam diferentes aspectos relacionados à forma como a pobreza é tratada no debate sobre política social, destacando a importância de considerar não apenas a categoria de análise da pobreza, mas também a forma como os pobres são abordados, a relação entre pobreza e estrutura social e a valorização das análises técnicas da pobreza.
Para escrever sua resposta aqui, entre ou crie uma conta
Compartilhar