A curatela é um instituto jurídico que visa proteger uma pessoa maior de idade que apresente alguma incapacidade ou circunstância que impeça sua livre e consciente manifestação de vontade. Para que a curatela seja estabelecida e um curador seja nomeado, é necessário que ocorra a interdição do indivíduo, nos casos previstos nos incisos II, III e IV do art. 4º do Código Civil. O procedimento para interdição deve observar os direitos da personalidade do nascituro (art. 2º do CC) e da pessoa jurídica (art. 52 do CC). No Código Civil, há um rol exemplificativo de direitos da personalidade, que inclui integridade física, nome, intimidade, imagem, honra e vida privada. A proteção à integridade física do indivíduo é garantida pelo art. 14 do CC, que proíbe atos que causem diminuição permanente da integridade física, exceto por exigência médica. Em relação à adequação sexual de transgêneros, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, na ADI nº 4.275, que a cirurgia de adequação sexual não é obrigatória para a alteração do prenome e do sexo no Registro Civil. O art. 15 do CC estabelece que ninguém pode ser obrigado a se submeter a tratamento médico ou cirúrgico que represente risco de vida. Isso está relacionado aos testamentos vitais, que permitem que uma pessoa estabeleça disposições sobre o tipo de tratamento de saúde que deseja receber caso não possa manifestar sua vontade. O nome também é protegido pelo Código Civil nos arts. 16 a 19. É possível alterar o nome mediante requerimento ao Oficial do Registro Civil, seguindo o procedimento estabelecido na Lei de Registros Públicos. É proibida a utilização do nome alheio em publicações que exponham o portador ao desprezo público (art. 17 do CC) e em propagandas comerciais sem autorização do portador (art. 18 do CC). A violação do direito ao nome pode gerar o direito à reparação por danos. O pseudônimo utilizado para fins lícitos também recebe proteção (art. 19 do CC). O art. 20 do CC prevê a proteção à palavra e à imagem. O STF, na ADI nº 4.815, autorizou a publicação de biografias não autorizadas, ou seja, obras biográficas literárias ou audiovisuais independentemente do consentimento do biografado. Além disso, a Súmula nº 403 do STJ estabelece que a utilização da imagem de uma pessoa para fins comerciais sem autorização gera o direito à indenização, independentemente da existência de prejuízo.
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