Sim, os princípios da jurisprudência defensiva podem ser aplicados para questionar a validade dessa prova e garantir os direitos do réu. De acordo com o Código de Processo Civil (CPC) e a jurisprudência vigente, a busca e apreensão realizada sem mandado e sem consentimento pode ser considerada uma prova ilícita, ou seja, obtida de forma ilegal. O princípio da inadmissibilidade das provas ilícitas, previsto no artigo 5º, inciso LVI, da Constituição Federal, estabelece que as provas obtidas de forma ilícita não podem ser utilizadas no processo, sob pena de violação do direito fundamental à prova e do devido processo legal. Além disso, o princípio da presunção de inocência, também previsto na Constituição Federal, garante que o réu seja considerado inocente até que se prove sua culpa de forma legal e legítima. Nesse sentido, a busca e apreensão realizada sem mandado e sem consentimento pode ser questionada como uma violação desse princípio, uma vez que não foram observados os procedimentos legais para a obtenção da prova. Portanto, é possível argumentar, com base no CPC e na jurisprudência vigente, que a prova obtida por meio de busca e apreensão realizada sem mandado e sem consentimento é inválida e deve ser excluída do processo, garantindo assim os direitos do réu. No entanto, é importante ressaltar que cada caso deve ser analisado individualmente, levando em consideração as particularidades e as decisões dos tribunais superiores.
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