Gestante I.L., G2 P1 A0, 34 anos, foi encaminhada pelo obstetra ao serviço de Fisioterapia com 20 semanas de idade gestacional, devido ao quadro de dores intensas na região pélvica. É casada e planejou a gravidez, que se encontra fisiológica. Trabalha como professora do Ensino Médio, sendo que suas aulas têm carga horária de 4h, 3 vezes/semana, quando permanece predominantemente na posição ortostática. No restante dos dias da semana, trabalha na posição sentada, em frente ao computador, cerca de 5h por dia. Nas horas vagas, realiza as atividades do outro filho, que tem 3 anos de idade e faz exercício físico (spinning, 2 vezes/semana). Não realiza serviços domésticos.
I.L. relata dores especificamente nas bordas laterais ao sacro, bilateralmente. Sente fisgadas na região glútea quando sobe escadas, realiza transferências de sentada para de pé e muda de decúbito na cama. As dores são mais intensas ao final do dia, após brincar com o filho no chão; ao se levantar do chão, relata intensidade 10 de dor (0 a 10) pela escala visual analógica. Por causa da dor, precisou se afastar do trabalho (licença). Está preocupada com o desenvolvimento da gravidez e insegura com relação a ter parto normal. O primeiro parto foi por via vaginal, sem episiotomia e sem lacerações perineais espontâneas; recém-nascido pesava 3 kg. Não sentiu dores na pelve na primeira gravidez. Esta foi fisiológica e, segundo ela, muito tranquila. Realizou ginástica localizada durante toda a gestação com uma personal trainner. Relata ter sentido, no entanto, muito "formigamento" nas mãos durante a noite e ao permanecer muito tempo no computador, além de "inchaço".
Na gravidez atual, relata edema leve somente no final do dia. Não está em uso de meia compressiva, apesar de haver sido prescrita pelo médico. O "formigamento" nas mãos não está significativo, mas aparece após trabalhar mais de 3h no computador. Nunca apresentou sintomas de incontinência urinária ou anal. Em relação à função sexual, atualmente não está tendo relações sexuais devido às dores na pelve. O intestino está funcionando regularmente, em decorrência de uma alimentação rica em fibras e água, segundo I.L. Ganho pondera de 3,7 kg até o momento.
O objetivo da intervenção terapêutica nessa situação seria aliviar as dores intensas na região pélvica da gestante. Para atingir esse objetivo, recomendaria-se a realização de sessões de fisioterapia que incluam técnicas de alongamento, fortalecimento muscular, exercícios posturais e orientações sobre atividades diárias que possam contribuir para o alívio das dores. Além disso, poderiam ser utilizadas técnicas de relaxamento e orientações sobre posturas adequadas durante as atividades do dia a dia, como aulas e trabalho em frente ao computador. É importante ressaltar que o tratamento deve ser individualizado e adaptado às necessidades específicas da gestante.
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