O tempo tinha feito sua obra, o cristianismo se tornara a religião tradicional do trono. Por tradição dinástica e por convicção religiosa, sem qual...

O tempo tinha feito sua obra, o cristianismo se tornara a religião tradicional do trono. Por tradição dinástica e por convicção religiosa, sem qualquer dúvida, mas também porque as duas religiões eram dissimétricas: o paganismo era autossuficiente, o cristianismo era prosélito, exclusivo, exigente desde que passou a deter uma parcela de poder. Para viver em paz, melhor era viver do lado dos bispos do que do lado dos pagãos. VEYNE, P. História da vida privada: do Império Romano ao ano mil. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. A partir da interpretação do autor sobre a institucionalização do cristianismo como religião oficial do império é possível afirmar que: a. o catolicismo se institucionalizou através da proeminência das autoridades religiosas sobre o aparato imperial romano e, embora proibisse as demais a disseminação dos dogmas de outras doutrinas cristãs, mostrou-se tolerante com as religiões pagãs dentro do território imperial. b. desde o Concílio de Nicéia em 325. d. C. haviam sido extintos os conflitos entre as doutrinas cristãs através da homogeneização de seus dogmas. Entretanto, as autoridades católicas instituíram uma violenta perseguição às antigas doutrinas cristãs, sem apoio imperial, após o Concílio de Constantinopla. c. as medidas políticas tomadas em favor da institucionalização do cristianismo como religião oficial do império só foram possíveis através da mediação dos imperadores romanos que, buscando aceitação popular para este culto, pregava a coexistência e tolerância com a antiga religião romana. d. Elegendo o catolicismo como vertente oficial do cristianismo dentro do império no Concílio de Constantinopla em 381 d.C, as autoridades religiosas assumiram, apenas inicialmente, uma postura pacífica em relação às religiões pagãs procurando converter seus adeptos. e. tal processo só foi possível com a aproximação entre as autoridades cristãs e o imperador romano. Sendo o cristianismo uma religião monoteísta, condenava os demais cultos religiosos – como o antigo politeísmo romano que foi proibido após o Concílio de Constantinopla em 381 d.C