A separação dos poderes é um princípio fundamental do Estado Democrático de Direito, que visa garantir a independência e a autonomia dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, evitando a concentração de poder em uma única pessoa ou órgão. A finalidade da separação dos poderes é garantir a liberdade e a proteção dos direitos fundamentais dos cidadãos, bem como a estabilidade e a segurança jurídica do Estado. Segundo o jurista José Afonso da Silva, em sua obra "Curso de Direito Constitucional Positivo" (página 219, ano 2012), a separação dos poderes consiste na "distribuição das funções estatais entre órgãos independentes e harmônicos entre si, cada qual com suas atribuições próprias e exclusivas, sem que um possa interferir na esfera de competência do outro". Os dispositivos constitucionais que tratam da separação dos poderes são o artigo 2º, que estabelece a independência e a harmonia entre os poderes; o artigo 44, que define as atribuições do Poder Legislativo; o artigo 76, que trata das funções do Poder Executivo; e o artigo 92, que estabelece as atribuições do Poder Judiciário. Além disso, a interpretação sistemática da Constituição Federal permite identificar outros dispositivos que reforçam a separação dos poderes, como o artigo 60, que estabelece as limitações ao poder de emenda constitucional, e o artigo 84, que define as competências do Presidente da República.
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