O Caso Miranda contra Arizona (em inglês Miranda v. Arizona) foi uma decisão da Corte Suprema dos Estados Unidos que representou um marco histórico judicial. A Corte concluiu que tanto as declarações que evidenciam o envolvimento de um réu no crime como as que evidenciam sua inocência (inculpatory e exculpatory evidence, em inglês, respectivamente) realizadas em resposta a um interrogatório por um acusado em custódia da polícia só são admissíveis por um juiz se a promotoria puder demonstrar que o acusado foi informado do direito de consultar um defensor antes e durante o interrogatório, e o direito a não se autoincriminar antes do interrogatório policial, e também de que o réu não só entendeu esses direitos, mas voluntariamente os renunciou.
A resolução teve um impacto significativo na atuação policial americana, por tornar parte dos procedimentos de rotina da polícia o que veio a ser conhecido como os direitos de Miranda, devendo assegurar que os suspeitos foram informados de seus direitos. A advertência de Miranda é o nome da advertência formal que o policial deve dar aos suspeitos de crimes nos Estados Unidos em custódia policial antes de serem interrogados.
Considerando que o caso acima trata das chamadas “regras de Miranda”, aponte e defina o princípio do processo penal brasileiro que cuida dos limites da produção de provas por meio do imputado, ressaltando a obrigação gerada ao Estado. (máximo 10 linhas)
O princípio do processo penal brasileiro que cuida dos limites da produção de provas por meio do imputado é o princípio da não autoincriminação, também conhecido como princípio do nemo tenetur se detegere. Esse princípio estabelece que ninguém é obrigado a produzir provas contra si mesmo, ou seja, o acusado não pode ser obrigado a confessar ou a produzir provas que possam incriminá-lo. Essa obrigação gerada ao Estado é a de respeitar e garantir esse direito fundamental do acusado, sob pena de nulidade das provas obtidas de forma ilícita.
Para escrever sua resposta aqui, entre ou crie uma conta
Compartilhar