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“No atual cenário global, o endividamento e o financiamento do desenvolvimento econômico têm se tornado temas recorrentes de discussão. Segundo dad...

“No atual cenário global, o endividamento e o financiamento do desenvolvimento econômico têm se tornado temas recorrentes de discussão. Segundo dados do Institute of International Finance (IIF), a dívida global atingiu a marca de US$ 300 trilhões em 2022, o que representa 349% do Produto Interno Bruto mundial ou US$ 37,5 mil por pessoa. Esses números alarmantes revelam um quadro de crescente endividamento dos países, que se veem obrigados a buscar recursos externos para financiar seus projetos e estimular o desenvolvimento econômico”.



Referência: Rota de Aprendizagem 6 (Tema: Endividamento e Desenvolvimento Econômico).



Partindo do cenário de práticas de endividamento e financiamento do desenvolvimento econômico, analise as seguintes afirmativas:



I. O endividamento externo é sempre uma estratégia insustentável para promover o crescimento econômico de um país, uma vez que leva inevitavelmente a crises financeiras e à deterioração dos serviços públicos.



II. O endividamento externo é sempre vantajoso para os países em desenvolvimento, uma vez que permite o acesso a recursos financeiros que impulsionam a produção interna e o crescimento econômico sustentável.



III. A dependência financeira resultante do endividamento externo pode comprometer a autonomia política e econômica de um país, levando-o a adotar medidas de austeridade e ajustes estruturais impostos por credores internacionais.



IV. O endividamento planejado e bem administrado pode ser uma ferramenta útil para promover o desenvolvimento econômico, desde que os recursos sejam direcionados para áreas estratégicas, como saúde, educação e infraestrutura.

Após a análise, assinale a alternativa correta:

AApenas as afirmativas I e II estão corretas

BApenas as afirmativas III e IV estão corretas

CApenas as afirmativas I, III e IV estão corretas

DApenas as afirmativas I, II e III estão corretas

EApenas as afirmativas I, II e IV estão corretas

💡 2 Respostas

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A alternativa correta é a letra E: "Apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas". A afirmativa I está incorreta, pois o endividamento externo pode ser uma estratégia sustentável para promover o crescimento econômico de um país, desde que seja bem administrado e planejado. A afirmativa II está correta, pois o endividamento externo pode permitir o acesso a recursos financeiros que impulsionam a produção interna e o crescimento econômico sustentável. A afirmativa III está incorreta, pois a dependência financeira resultante do endividamento externo pode comprometer a autonomia política e econômica de um país, mas não necessariamente leva-o a adotar medidas de austeridade e ajustes estruturais impostos por credores internacionais. A afirmativa IV está correta, pois o endividamento planejado e bem administrado pode ser uma ferramenta útil para promover o desenvolvimento econômico, desde que os recursos sejam direcionados para áreas estratégicas, como saúde, educação e infraestrutura.

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Juliana Lopes

Letra B)Apenas as afirmativas III e IV estão corretas

Apenas as afirmativas III e IV estão corretas. As outras opções estão incorretas porque: A afirmativa I afirma que o endividamento externo é sempre uma estratégia insustentável, o que não é totalmente verdadeiro. O texto mencionado no contexto do endividamento externo não afirma que ele é sempre insustentável, mas sim que pode se tornar insustentável se não for administrado adequadamente. Portanto, essa afirmativa não está completamente correta. A afirmativa II está incorreta, pois o texto não afirma que o endividamento externo é sempre vantajoso para os países em desenvolvimento. Pelo contrário, ele ressalta os riscos e desafios associados ao endividamento excessivo. De acordo com a Rota de Aprendizagem 6, “Ao longo das últimas décadas, muitas nações têm recorrido a empréstimos estrangeiros na tentativa de impulsionar seu crescimento econômico. No entanto, estudos indicam que esse modelo tem se mostrado insustentável a longo prazo. Países com altos níveis de endividamento externo tendem a enfrentar desafios significativos na busca por desenvolvimento sustentável, com riscos de crises financeiras e dificuldades para honrar suas obrigações. Dados da Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Economia de 2022 mostram que a dívida pública federal, que inclui endividamento interno e externo, fechou o ano em R$ 5,9 trilhões. Esse número, que representou um aumento de 6,02% em relação a 2021, é ainda mais preocupante quando se considera a taxa real de juros brasileira, que em junho de 2023 estava no topo da lista do ranking global de juros reais (Infinity Asset Management, 2023). Um dos principais problemas associados ao endividamento externo é a armadilha da dependência financeira. Muitos países, ao acumularem dívidas consideráveis, tornam-se reféns das instituições financeiras internacionais e de seus credores, o que limita sua autonomia política e econômica. Isso resulta em medidas de austeridade e políticas de ajuste estrutural impostas pelos credores como condição para a renegociação dos empréstimos, prejudicando a capacidade dos países de investirem em áreas essenciais, como saúde, educação e infraestrutura. Desse modo, o endividamento externo pode ser um fardo pesado para o desenvolvimento econômico do Brasil. A busca incessante por recursos financeiros pode levar a um ciclo vicioso de dependência, sacrificando a soberania nacional e impondo restrições que dificultam o progresso social. É fundamental que as nações busquem alternativas viáveis e sustentáveis para financiar seu desenvolvimento, como o estímulo à produção interna, o fortalecimento da base tributária e o fomento ao empreendedorismo. Somente assim poderemos vislumbrar uma realidade econômica mais equilibrada, em que o desenvolvimento seja alcançado de forma autônoma e sustentável. A questão que se coloca é: quem realmente se beneficia desse endividamento desenfreado? Certamente não são os cidadãos comuns, que enfrentam o peso das políticas de ajuste e a deterioração dos serviços públicos. São os grandes players do mercado financeiro internacional, que lucram com juros exorbitantes e perpetuam a dependência dos países em desenvolvimento. Segundo dados da Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Economia de 2022, 29,12% dos detentores da dívida pública são instituições financeiras. No entanto, é importante salientar que nem todo endividamento é ruim. Duas pessoas diferentes podem contrair uma dívida de R$ 100 mil e utilizar esses recursos de maneira completamente distinta. O mesmo pode ser observado com os países. Diversas nações hoje consideradas ricas financiaram seu desenvolvimento por meio de dívidas. Portanto, o importante é a administração planejada desse endividamento, para que o país não ceda às armadilhas da dependência e do pagamento de juros excessivos”.

Referência: Rota de Aprendizagem 6 (Tema: Endividamento e Desenvolvimento Econômico).


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