A impugnação em cumprimento de sentença, em regra, não possui efeito suspensivo, ou seja, os atos executivos podem continuar a serem praticados. Isso significa que a execução pode prosseguir normalmente, inclusive com a realização de atos de penhora e expropriação, mesmo após a apresentação da impugnação. No entanto, o §6º do art. 525 do Código de Processo Civil autoriza a concessão do efeito suspensivo (total ou parcialmente) à impugnação, desde que o devedor logre êxito em reunir os requisitos da garantia do juízo, do requerimento expresso, da relevância dos fundamentos e do risco de dano em decorrência da execução. Mesmo que atribuído efeito suspensivo à impugnação, ele não impedirá a realização dos atos de substituição, de reforço ou redução da penhora e, tampouco, a avaliação dos bens penhorados. Por fim, o §10 do art. 525 apresenta uma variante à regra, permitindo que o exequente requerer o prosseguimento dos atos executivos desde que ofereça e preste, nos mesmos autos, caução suficiente e idônea arbitrada pelo juiz. A fundamentação legal para essas regras está no Código de Processo Civil, nos artigos 525, §6º e §10.
Para escrever sua resposta aqui, entre ou crie uma conta
Compartilhar