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Logo no primeiro ano de governo de Dilma Rousseff, o novo presidente do Banco Central do Brasil, Alexandre Tombini, antecipando-se ao cenário de ag...

Logo no primeiro ano de governo de Dilma Rousseff, o novo presidente do Banco Central do Brasil, Alexandre Tombini, antecipando-se ao cenário de agravamento nos países da Zona do Euro, iniciou, mediante decisões do COPOM, um ciclo de sucessivas reduções das taxas básicas de juros de curto prazo (SELIC). Entre setembro de 2011 e abril de 2013, a SELIC foi reduzida de 12% a.a. para 7,25% a.a., correspondendo a uma queda na taxa de juros real básica de curto prazo (ex-post) de 5,2% a.a. para 1,3% a.a. no mesmo período. O problema a investigar é por que tal ciclo de queda dos juros não se sustentou de forma permanente, uma vez que, a partir de meados de abril de 2013, devido à pressão inflacionária e ao aumento das expectativas de inflação, o Banco Central dava início a um novo ciclo de alta dos juros básicos. Embora haja uma diversidade de artigos procurando investigar por que as taxas de juros não se reduzem de forma estrutural e definitivamente para níveis compatíveis com o padrão internacional, podemos especular que, no caso brasileiro, em particular, isso não aconteceu (e, talvez, não aconteça, caso permaneça intocado o modus operandi da política macroeconômica atual) por conta não apenas das contradições da política macroeconômica do primeiro mandato de Dilma Rousseff, mas também devido ao manejo do tripé macroeconômico no Brasil

Partindo do material discutido na disciplina de Economia Brasileira, determine se os enunciados abaixo, que tratam dos aspectos da política econômica do primeiro governo de Dilma Rousseff (2011-2014), analise as asserções abaixo:


I. Durante o primeiro governo de Dilma Rousseff, houve uma ênfase no aumento das taxas de juros brasileiras e na valorização do real, visando estimular o desenvolvimento industrial.


II. As críticas à política econômica de Dilma Roussef se dirigiam ao equilíbrio fiscal, uma vez que, para seus críticos, a implementação de medidas expansionistas poderia comprometer as contas públicas.


III. O primeiro governo de Dilma Rousseff foi marcado por uma abordagem intervencionista na economia, buscando fortalecer o papel do Estado e promover a inclusão social, através de políticas de estímulo ao consumo e investimento.


IV. Dilma implementou medidas como a desoneração fiscal, a ampliação do crédito e o incentivo ao consumo de bens duráveis, com o objetivo de impulsionar a economia interna. Essas políticas foram concebidas como uma forma de enfrentar a desaceleração do crescimento e estimular a atividade econômica.

Após a análise, assinale a alternativa correta:

AApenas a afirmativa III está correta

BApenas as afirmativas I e III estão corretas

CApenas as afirmativas II e IV estão corretas

DApenas as afirmativas I, II e III estão corretas

EApenas as afirmativas II, III e IV estão corretas

💡 2 Respostas

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A alternativa correta é a letra D: "Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas". I. Durante o primeiro governo de Dilma Rousseff, houve uma ênfase no aumento das taxas de juros brasileiras e na valorização do real, visando estimular o desenvolvimento industrial. (Correta) II. As críticas à política econômica de Dilma Roussef se dirigiam ao equilíbrio fiscal, uma vez que, para seus críticos, a implementação de medidas expansionistas poderia comprometer as contas públicas. (Correta) III. O primeiro governo de Dilma Rousseff foi marcado por uma abordagem intervencionista na economia, buscando fortalecer o papel do Estado e promover a inclusão social, através de políticas de estímulo ao consumo e investimento. (Correta) IV. Dilma implementou medidas como a desoneração fiscal, a ampliação do crédito e o incentivo ao consumo de bens duráveis, com o objetivo de impulsionar a economia interna. Essas políticas foram concebidas como uma forma de enfrentar a desaceleração do crescimento e estimular a atividade econômica. (Incorreta)

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Juliana Lopes

Letra E)Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas

As afirmativas II, III e IV estão corretas. De acordo com a Rota de Aprendizagem 5, “O primeiro governo de Dilma Rousseff, iniciado em 2011, foi marcado por um conjunto de políticas econômicas que despertaram tanto expectativas quanto controvérsias. Rousseff assumiu a presidência do Brasil em um momento de otimismo, mas também de desafios econômicos e incertezas globais. Sua gestão se caracterizou por uma abordagem intervencionista, buscando fortalecer o papel do Estado na economia e promover a inclusão social. Uma das principais características desse governo foi a adoção de políticas de estímulo ao consumo e ao investimento. Dilma implementou medidas como a desoneração fiscal, a ampliação do crédito e o incentivo ao consumo de bens duráveis, com o objetivo de impulsionar a economia interna. Essas políticas foram concebidas como uma forma de enfrentar a desaceleração do crescimento e estimular a atividade econômica. Segundo Carvalho (2018), a defesa por mudanças no modelo econômico brasileiro começou com a constatação dos limites da baixa produtividade da indústria nacional. O país precisava, segundo essas correntes, de um modelo nos moldes asiáticos, centrado no desenvolvimento industrial, principalmente daqueles setores exportadores. As mudanças deveriam começar pela desvalorização do real, excessivamente valorizado à época, em conjunto com a redução das altas taxas de juros brasileiras. As demandas dos representantes da indústria incluíam, além da redução da taxa de juros, a desoneração da folha de pagamentos e medidas que compensassem os problemas de competitividade causados pelo câmbio sobrevalorizado. O conjunto de políticas como juro baixo, taxa de câmbio competitiva, uma consolidação fiscal “amigável ao investimento” e uma intensa desoneração dos investimentos e da produção, ficou conhecido por “Nova Matriz Econômica”, também chamado pela autora de “Agenda Fiesp” (Carvalho, 2018). Essas estratégias foram utilizadas em conjunto com uma forte contenção de gastos e investimentos públicos, expansão do crédito do BNDES e represamento das tarifas de energia. As estratégias adotadas durante o primeiro governo de Dilma não estiveram isentas de críticas e desafios. Um dos principais pontos de debate foi o crescente papel do Estado na economia, com alguns setores questionando a interferência excessiva do governo e o impacto disso na liberdade econômica e na competitividade do país. Além disso, houve preocupações em relação ao equilíbrio fiscal, uma vez que a implementação de medidas expansionistas poderia comprometer as contas públicas” (Adaptado).

Referência: Rota de Aprendizagem 5 (Tema: O Primeiro Governo de Dilma Rousseff (2011-2014)).


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