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Substituição tributária A fazenda Boa Esperança é produtora de animais na região onde está localizada. Sua produção é vendida a frigoríficos da reg...

Substituição tributária A fazenda Boa Esperança é produtora de animais na região onde está localizada. Sua produção é vendida a frigoríficos da região, entre os quais o Frigorífico Selar S.A., que paga pelo bem adquirido e desconta o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) devido, já que fica mais fácil para a administração fazendária verificar a ocorrência do fato gerador. Esse frigorífico, após a produção, vende esses produtos para a Rede Atacadista Alga S.A. Há pagamento do ICMS e há substituição tributária na relação entre a fazenda e o frigorífico, assim, o contribuinte será substituído por seu responsável tributário. Qual o tipo de substituição em tela e qual a diferença as substituições existentes? A obrigação tributária é nascida da responsabilidade decorrente da substituição tributária, em que a fonte pagadora substitui no polo passivo da obrigação tributária a pessoa que era identificada inicialmente como contribuinte. Segundo Ricardo Alexandre (2020, p. 393-394), “desde a ocorrência do fato gerador, a sujeição passiva recai sobre a pessoa diferente daquela que possui relação pessoal e direta com a situação descrita em lei como fato gerador do tributo”. Essa substituição refere-se ao ICMS e a quem irá substituir determinada pessoa na cadeia de produção e circulação, ou seja, quem será substituída no dever de pagar esse tributo. Pode ser de dois tipos: substituição tributária regressiva (para trás ou antecedente) e substituição progressiva (para frente ou subsequente). Caso a substituição para frente não venha a acontecer, esta será restituída na forma do art. 150, § 7º da CF/88. Em relação à questão, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) considera que a cobrança antecipada não tem relação com as chamadas “pautas fiscais”, sendo classificada como válida. Somente há a antecipação do pagamento do tributo e não da realização do fato gerador. Há aplicação do regime do valor agregado estabelecido no art. 8º da Lei Complementar nº 87/1996.

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O tipo de substituição tributária em questão é a substituição tributária progressiva (para frente ou subsequente). Nesse caso, o Frigorífico Selar S.A. é o responsável tributário e substitui a fazenda Boa Esperança no dever de pagar o ICMS na venda dos produtos para a Rede Atacadista Alga S.A. A substituição tributária é uma forma de arrecadação de tributos em que a responsabilidade pelo pagamento é transferida para outro contribuinte da cadeia produtiva. A substituição tributária pode ser progressiva, quando o tributo é recolhido antecipadamente, ou regressiva, quando o tributo é recolhido posteriormente. No caso da substituição tributária progressiva, o tributo é recolhido antecipadamente pelo responsável tributário, que é o último contribuinte da cadeia produtiva. Já na substituição tributária regressiva, o tributo é recolhido posteriormente pelo contribuinte substituído. Caso a substituição tributária progressiva não venha a acontecer, o tributo será restituído na forma do art. 150, § 7º da Constituição Federal de 1988. É importante destacar que a antecipação do pagamento do tributo não tem relação com as chamadas "pautas fiscais" e é considerada válida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

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