A avaliação tem muitas faces. Significa muitas coisas, se apresenta de muitos modos e busca cumprir distintas finalidades. Também oculta muitos significados. Não a podemos compreender simplesmente como instrumento ou mecanismo técnico. Ela produz sentidos, consolida valores, afirma interesses, provoca mudanças, transforma. Tem uma profunda dimensão política e ética, embora muitas vezes queira esconder isso sob o manto da técnica, como se sua tecnicalidade a fizesse neutra e destruída de valores. Uma reflexão sobre este tema será sempre inconclusa e preliminar. Mas é preciso lançar questões. Começar, ao menos. É notória a importância atribuída à avaliação, especialmente no âmbito educacional. [...] Por mais que se realize fundados estudos [...] de que estamos tratando quando falamos de avaliação? [...] Qual o campo da avaliação? FONTE: DIAS SOBRINHO, J. Educação e avaliação: técnica e ética. In: DIAS SOBRINHO, J.; RISTOFF, D. (Orgs.). Avaliação Democrática: para uma universidade cidadã. Florianópolis: Insular, 2002. pp. 37-38. Considerando as informações apresentadas, avalie as afirmativas a seguir: I. A avaliação não pode ignorar as várias dimensões do contexto escolar/não escolar, tendo em vista a influência que elas têm, e com destaque especial na definição das diferentes propostas de avaliação, cujo objetivo maior, no final, se centra na melhoria do proceder educacional. II. A educação, em razão do momento histórico, social e político, considera seus objetivos e define metas a concretizar, não havendo um modelo único e geral de avaliação que sirva a todos os povos e a diferentes culturas. III. Em relação às funções da avaliação, há um certo grau de concordância entre educadores dos vários sistemas educacionais: a educação não deve proporcionar apenas conhecimento, enquanto processo deve formar também o saber ser, saber fazer e, especialmente, o saber pensar.