Assinale as alternativas corretas.
I- Os manicômios judiciários, criados para o tratamento de “doentes mentais criminosos”, surgiram no início do século XX. No entanto, o tratamento dado aos pacientes dos manicômios judiciários era médico-psiquiátrico e não psicológico. Somente em 1945 surgiu a primeira obra relacionando psicologia e justiça. Foi o texto de Altavilla, intitulado O processo psicológico e a verdade jurídica. O perfil psicológico dos personagens envolvidos no embate judicial.
II- Entre os anos de 1960 a 1980, a atuação do psicólogo na área jurídica envolvia os processos vinculados ao então chamado Juizado de Menores, como a adoção, o abandono e as ilegalidades cometidas contra crianças e adolescentes. Até então, os psicólogos exerciam mais o papel de orientadores do que o de peritos, propriamente ditos. Mesmo com a profissão consolidada na década de 1980 e o ingresso de psicólogos em instituições por todo o Brasil, como o Instituto de Medicina Legal, os mesmos não atuavam com independência, mas como meros coadjuvantes ou subsidiários da ação médica.
III- Com o diagnóstico dos problemas mentais, baseado em diversas linhas teóricas em psicologia, tais como a psicanálise, o behaviorismo, o cognitivismo e as neurociências, a psicologia alcançou uma posição mais definida dentro do contexto jurídico. Também os chamados “testes psicológicos”, principal instrumento de diagnóstico objetivo em psicologia, começaram a ser utilizados no final do século XIX e se consolidaram como instrumento formal no âmbito jurídico no século XX.
IV- De acordo com a Resolução n. 75, de 2009, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), os concursos públicos para o preenchimento de cargo de Juiz Federal devem inserir em seu conteúdo programático a disciplina psicologia jurídica. Posteriormente, essa disciplina tornou-se exigência em outros concursos públicos, além de Juiz Estadual e do Exame para ingresso na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
V- Nessa seara insere-se a psicologia jurídica, como instrumento da individualização ou aferição da influência da subjetividade na prática do ato criminoso e de sua interpretação. Subjetividade, aqui, refere-se ao “(...) mundo de ideias, significados e emoções construído internamente pelo sujeito a partir de suas relações sociais, de suas vivências e de sua constituição biológica e, também, fonte de suas manifestações afetivas e comportamentais” (Bock et al., 2018). Mas a psicologia, como ciência, foi além do seu objeto comum com a psiquiatria, já que não só investigou os fenômenos que influenciam o surgimento das doenças mentais como também passou a se ocupar dos processos mentais ditos normais, constitutivos de todos os seres humanos. Alicerçou seus conhecimentos, dessa forma, para além dos limites da psiquiatria.
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