Custa a acreditar! Mas que atraso político e cultural! Tramita, na Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, projeto de emenda constit...
Custa a acreditar! Mas que atraso político e cultural! Tramita, na Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, projeto de emenda constitucional visando a impedir que os serviços de saneamento de água e esgotos possam ser delegados à iniciativa privada. Aqui cabe uma primeira observação: a Constituição Federal permite que sejam feitas concessões ao setor privado. A legislação vigente determina que os poderes concedentes do setor de saneamento sejam os municípios brasileiros - sem restrições. Não pode o Poder Legislativo estadual impor condições não determinadas pela Lei Maior do País. E aqui vai outra observação: a Constituição Estadual, consoante o regime jurídico em vigor, tornou-se o “último livro a ser consultado” - juridicamente, o que impera é a Constituição Federal (mesmo nas questões referentes ao funcionalismo público estadual ou municipal). Assim quiseram os constituintes de 1988. A referida emenda constitucional propõe que o saneamento básico seja total hegemonia do serviço público. Propõe o monopólio das empresas estatais. Em outras palavras, tudo para ficar como está agora. Porém, os municípios sul-rio-grandenses estão virando a mesa. Não querem mais falta de água e
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