O primeiro contrato da Secretaria Municipal da Saúde com a Empresa vencedora de licitação foi válido e eficaz. Contudo, o segundo contrato não está de acordo com o art. 198, § 3.º, da Constituição Federal pela Lei Complementar n.º 141, que regulamentou valores mínimos a serem aplicados anualmente pela União, pelos Estados e pelos municípios em ações e serviços da saúde pública.
Ora, a prestação de serviço de limpeza e remoção de resíduos urbanos não constitui despesas com ações e serviços públicos de saúde, para fim de apuração de valores mínimos percentuais. Os fundos municipais são fundos especiais, instituídos por lei federal, para objetivo de aplicação efetiva de modo vinculado por dispositivo legal em serviços e de acordo com normas de aplicação.
Para os municípios, o percentual mínimo é de 15% da receita tributária municipal anual, de acordo com o art. 198, § 2.º, inciso II, da Constituição Federal e pelo art. 7.º da Lei Complementar n.º 141/2012. Logo, os requisitos de validade dos contratos em geral devem ser compreendidos no quesito de objeto lícito, permitido em lei para a devida contratação entre Poder Público e particular na área da saúde.
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