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9- Há uma ação em curso no STF que discute a questão relativa à recepção, pela Constituição Federal de 1988, dos artigos 124 e 126 do Código Penal ...

9- Há uma ação em curso no STF que discute a questão relativa à recepção, pela Constituição Federal de 1988, dos artigos 124 e 126 do Código Penal (Decreto-Lei N. 2.848/1940), que instituem a criminalização da interrupção voluntária da gravidez, pela ordem normativa vigente. A ação foi ajuizada pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), que sustenta que os dois dispositivos do Código Penal afrontam postulados fundamentais como a dignidade da pessoa humana, a cidadania, a não discriminação, a saúde e o planejamento familiar das mulheres e os direitos sexuais e reprodutivos. A pretensão é que o STF exclua do âmbito de incidência dos dois artigos a interrupção da gestação induzida e voluntária realizada nas primeiras 12 semanas, ¿de modo a garantir às mulheres o direito constitucional de interromper a gestação, de acordo com a autonomia delas, sem necessidade de qualquer forma de permissão específica do Estado, bem como garantir aos profissionais de saúde o direito de realizar o procedimento¿.

Em novembro de 2017, a relatora indeferiu pedido de medida cautelar de urgência que visava à suspensão de prisões em flagrante, inquéritos policiais e andamento de processos ou decisões judiciais baseados na aplicação dos artigos 124 e 126 do Código Penal a casos de aborto voluntário realizado nas primeiras 12 semanas de gravidez.

           Diante do caso concreto, pergunta-se:

           a) Qual é a ação constitucional de controle concentrado apresentada no caso concreto? Explique. 

           b) Se julgada procedente, em regra geral, quais seriam os efeitos no tempo e a extensão da eficácia da decisão? Explique. 


💡 1 Resposta

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a) A ação constitucional de controle concentrado apresentada no caso concreto é uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), ajuizada pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), que questiona a recepção, pela Constituição Federal de 1988, dos artigos 124 e 126 do Código Penal, que criminalizam a interrupção voluntária da gravidez. b) Se julgada procedente, em regra geral, a decisão teria efeito erga omnes, ou seja, teria eficácia para todos e vincularia os órgãos do Poder Judiciário e a Administração Pública em todas as esferas e poderes. A decisão poderia declarar a inconstitucionalidade dos artigos 124 e 126 do Código Penal, excluindo do âmbito de incidência a interrupção da gestação induzida e voluntária realizada nas primeiras 12 semanas, garantindo às mulheres o direito constitucional de interromper a gestação, de acordo com a autonomia delas, sem necessidade de qualquer forma de permissão específica do Estado, bem como garantindo aos profissionais de saúde o direito de realizar o procedimento.

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