Um transformador é um equipamento de operação estática que, por meio de indução eletromagnética, transfere energia de um circuito, chamado primário, para um ou mais circuitos denominados, respectivamente, secundário e terciário, sendo, no entanto, mantida a mesma frequência, modificando-se tensões e correntes. Para que os aparelhos consumidores de energia elétrica sejam utilizados com segurança pelos usuários, é necessário que se faça sua alimentação com tensões adequadas, normalmente inferiores a 500 V. Num sistema elétrico, os transformadores são utilizados desde as usinas de produção, onde a tensão gerada é elevada a níveis adequados para permitir a transmissão econômica de potência, até os grandes pontos de consumo, onde a tensão é reduzida ao nível de subtransmissão e de distribuição, alimentando as redes urbanas e rurais, onde novamente é reduzida para poder, enfim, ser utilizada com segurança pelos usuários do sistema.
MAMEDE FILHO, João. Manual de equipamentos elétricos. 4. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2013 (adaptado).
No projeto de transformadores, equipamentos destacadamente utilizados em sistemas elétricos, como apontado no texto anterior, existem uma série de testes e ensaios realizados com o intuito de garantir as especificações de funcionamento dos dispositivos.
Diante disso, analise a situação a seguir.
Eduardo, engenheiro eletricista, candidatou-se a uma vaga de emprego para atuar como engenheiro projetista em uma empresa de fabricação de transformadores. Durante a entrevista, Mônica, chefe da equipe de engenharia da empresa, perguntou a Eduardo a respeito das características de alguns testes realizados nesses equipamentos.
Considerando as pontuações de Eduardo à engenheira, julgue as afirmações a seguir.
I. Eduardo informou que, dentre os ensaios dielétricos previstos na NBR 5356-1:2007, encontram-se métodos de determinação da operabilidade do equipamento à tensão nominal de trabalho, bem como de margens temporárias de sobretensão.
II. O candidato explicou à entrevistadora que, para determinação das perdas em vazio e da corrente de excitação de transformadores, deve-se utilizar uma alimentação com tensão e frequência nominais do lado de baixa tensão do equipamento.
III. Eduardo reportou à engenheira que, para a medição da impedância de curto-circuito e das perdas em carga de transformadores monofásicos, deve-se utilizar uma corrente de alimentação de, no mínimo, 50% da corrente nominal do transformador.
É correto o que se afirma em
A)
I, apenas.
B)
I, II e III.
C)
I e II, apenas.
D)
II e III, apenas.
E)
III, apenas.
A resposta correta é a alternativa B) I, II e III. I. Eduardo informou que, dentre os ensaios dielétricos previstos na NBR 5356-1:2007, encontram-se métodos de determinação da operabilidade do equipamento à tensão nominal de trabalho, bem como de margens temporárias de sobretensão. Essa afirmação está correta, pois a NBR 5356-1:2007 estabelece os ensaios dielétricos que devem ser realizados em transformadores, incluindo os ensaios de tensão aplicada e de sobretensão. II. O candidato explicou à entrevistadora que, para determinação das perdas em vazio e da corrente de excitação de transformadores, deve-se utilizar uma alimentação com tensão e frequência nominais do lado de baixa tensão do equipamento. Essa afirmação também está correta, pois as perdas em vazio e a corrente de excitação são medidas com o transformador em vazio, ou seja, sem carga, e a alimentação deve ser feita no lado de baixa tensão. III. Eduardo reportou à engenheira que, para a medição da impedância de curto-circuito e das perdas em carga de transformadores monofásicos, deve-se utilizar uma corrente de alimentação de, no mínimo, 50% da corrente nominal do transformador. Essa afirmação também está correta, pois a medição da impedância de curto-circuito e das perdas em carga é feita com o transformador em carga, e a corrente de alimentação deve ser de, no mínimo, 50% da corrente nominal para garantir a precisão da medição.
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