Segundo nossos estudos, uma maneira atualizada de interpretar/entender o Mito da Caverna de Platão poderia ser:
A) O Mito da Caverna é muito antigo e criado em outra época e contexto, por isso seria impossível utilizá-lo para explicar uma realidade da contemporaneidade.
B) O mito da caverna de Platão, em certo sentido, assemelha-se a uma sala de cinema, cuja tela é representada pela parede ao fundo da caverna, em que são refletidas as sombras do que acontece de fato do lado de fora. A teoria das ideias reduz as coisas às ideias porque abstrai do devir seus momentos principais, como se tirasse fotografias dos momentos essenciais do fluxo das coisas, aplicando o mecanismo cinematográfico da inteligência à análise do real. Quando se raciocina por meio desse mecanismo, fazendo-se sobressair artificialmente instantes privilegiados do decorrer contínuo e indivisível do devir universal, a representação do real daí decorrente é exatamente aquela que se encontra no platonismo. Segundo Bergson (1971, p. 307), “as grandes linhas da doutrina que evolui de Platão até Plotino, passando por Aristóteles, […] desenham a visão que uma inteligência sistemática terá do devir universal quando olhar para ele através de instantâneos”.
C) Platão usa um mecanismo similar para conceber o movimento a partir das ideias imutáveis. A razão de empregar esse mecanismo está na própria atitude filosófica platônica, que é dualista, fundada em parte sobre o ser, em parte sobre o devir.
D) De acordo com a teoria das ideias de Platão, além do mundo material, haveria um mundo não material, composto de essências e coisas perfeitas, imutáveis e eternas.
E) O dualismo dá passagem a uma metafísica estática, que põe o princípio da realidade (a ideia ) no ser imutável, o que resulta num princípio exterior e isolado do movimento.
A alternativa correta é a letra B) O mito da caverna de Platão, em certo sentido, assemelha-se a uma sala de cinema, cuja tela é representada pela parede ao fundo da caverna, em que são refletidas as sombras do que acontece de fato do lado de fora. A teoria das ideias reduz as coisas às ideias porque abstrai do devir seus momentos principais, como se tirasse fotografias dos momentos essenciais do fluxo das coisas, aplicando o mecanismo cinematográfico da inteligência à análise do real. Quando se raciocina por meio desse mecanismo, fazendo-se sobressair artificialmente instantes privilegiados do decorrer contínuo e indivisível do devir universal, a representação do real daí decorrente é exatamente aquela que se encontra no platonismo.
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