Leia o trecho a seguir extraído de História Crítica da Arquitetura Moderna, de Kenneth Framptom: (...) Será que para entrar na rota da modernidade ...

Leia o trecho a seguir extraído de História Crítica da Arquitetura Moderna, de Kenneth Framptom: (...) Será que para entrar na rota da modernidade é necessário descartar o antigo passado cultural que constituiu a razão de ser de uma nação?... Aqui se apresenta o paradoxo: por um lado, uma nação precisa enraizar-se no solo de seu passado, forjar um espírito nacional e propalar essa reivindicação espiritual e cultural em relação à personalidade colonialista. Mas, avançar para participar da civilização moderna, torna-se necessário ao mesmo tempo integrar a racionalidade científica, técnica e política, algo que muitas vezes exige o abandono puro e simples de todo um passado cultural. É um fato: nem todas as culturas são capazes de resistir e absorver o choque da civilização moderna. Este é o paradoxo: como reviver uma civilização antiga e adormecida e participar da civilização universal?... Paul Ricouer, Civilização Universal e Culturas Nacionais, 1961. IN: FRAMPTON, 2015, p. 381. Em um sentido mais amplo, o Regionalismo Crítico pode ser definido como: A- Observar a arquitetura vernacular e as influências estrangeiras, utilizar e valorizar materiais locais, observar a topografia evitando grandes contrastes entre a paisagem cultural e o projeto em si, observar os aspectos destruídos quando se fazem presentes, valorize a arte e o artesanato local. B- Aldo Rossi, renomado arquiteto italiano, possui no conjunto de sua obra conceitos diametralmente opostos aos pregados pelo Regionalismo Crítico ao não contemplar em suas obras aspectos locais e tradicionais específicos de cada região. C- Não usar, como sugere Tita Carloni, a força da cultura provinciana e sua capacidade de condensar o potencial artístico e crítico da região ao mesmo tempo que assimila e reinterpreta as influências de fóruns. D- Adição sistemática do conceito corbusiano dos Cinco Pontos da Nova Arquitetura em escala global, na tentativa de suprimir expressões e escolas artísticas e arquitetônicas vernáculas e tradicionais. E- Utilizando o vernáculo, ou seja, uma arquitetura tradicional, de forma pura sem nenhum tipo de modernização ou atualizações arquitetônicas, artísticas ou urbanísticas.