O início de maio [de 2023] mostrou um ambiente externo ainda incerto com a continuidade das preocupações em torno dos bancos regionais nos EUA. Em ...

O início de maio [de 2023] mostrou um ambiente externo ainda incerto com a continuidade das preocupações em torno dos bancos regionais nos EUA. Em que pese esse risco, entendemos que o Banco Central Americano possui ferramentas para evitar uma crise sistêmica e um efeito contágio de possíveis novas falências de bancos sobre a economia. Com isso, mantemos nosso cenário base que preconiza a manutenção dos juros americanos em patamar contracionista por um período mais prolongado. Em relação ao câmbio, reforçamos nosso cenário de estabilidade no curto prazo e um movimento de desvalorização ao longo ano como reflexo de um cenário internacional menos amigável, marcado por uma possível recessão nos EUA e um ambiente de desaceleração das commodities. No cenário doméstico, a atividade econômica tem mostrado números positivos no início do ano, mas estão em linha com nossas expectativas. Chamamos atenção para o possível viés para o PIB fruto de uma visão mais positiva para a safra no primeiro trimestre do ano. A inflação ao consumidor tem mostrado movimento de desaceleração, mas o patamar ainda continua acima do teto estabelecido pelo Banco Central, e as medidas subjacentes da inflação limitam uma antecipação, pelo menos por ora, da queda da taxa de juros. Assim, reforçamos nosso cenário de início da queda dos juros apenas para o final do ano. Por fim, o crédito tem sido afetado negativamente por conta dos juros elevados e as linhas de crédito com maiores taxas, como cartão de crédito e crédito pessoal, tem mostrado uma queda importante devido ao alto nível de endividamento das famílias e do aumento recente da inadimplência nos últimos meses. os possíveis impactos financeiros na sua operação nos próximos períodos, considerando tanto a necessidade de capital de giro quanto um possível endividamento;