O parcelamento do solo urbano pode ser feito na forma de desmembramento ou loteamento. Enquanto o loteamento tem a incumbência de criar um sistema ...

O parcelamento do solo urbano, seja na forma de loteamento ou desmembramento, deve atender ao princípio de função social da propriedade urbana, que é garantir que a propriedade cumpra sua função social, ou seja, atenda às necessidades da coletividade e não apenas do proprietário. No caso dos loteamentos privados, é importante avaliar se eles estão cumprindo essa função social, já que muitas vezes eles são construídos em áreas periféricas, afastadas dos centros urbanos e sem infraestrutura adequada, o que pode prejudicar o acesso da população a serviços públicos essenciais, como saúde, educação e transporte. Além disso, o fechamento do uso público pode ser considerado uma violação do princípio de função social da propriedade urbana, já que restringe o acesso da população a áreas verdes e de lazer. Portanto, é importante avaliar cuidadosamente cada caso para determinar se o parcelamento do solo urbano está de acordo com esse princípio.

Não, pois o princípio prevê a função social da propriedade urbana. Isto é, que todos possam usufruir da cidade e que ela proporcione bem-estar e qualidade de vida a seus cidadãos. Nesse sentido, a propriedade urbana é inserida em um contexto social, já os loteamentos fechados, como o próprio nome diz, não são abertos a todos e seus lotes não precisam atender aos parâmetros urbanísticos daquela região, sendo assim, descumprem o princípio de função social.

Os loteamentos fechados configuram realidade cada vez mais presente nas metrópoles brasileiras. É a realização de um estilo exclusivo de viver e morar. Quanto à função social, observada nas normas de direito urbanístico, esse tema torna-se importante. Estimulam a auto segregação e a exclusão social, tornando o convívio social limitado a pessoas da mesma classe econômica, com padrões culturais e hábitos de vida semelhantes, flexibilizando o cumprimento da função social.

Esses empreendimentos confrontam-se com a legalidade das legislações urbanísticas vigentes, um dos exemplos maiores é o fechamento de vias publicas e praças, sem nenhum respaldo legal.