A alternativa correta é: "I, II e III estão corretas". Justificativa: I - O STF tem entendimento de que nulidade quanto à dosimetria da pena "não vicia inteiramente a sentença e o acórdão das instâncias inferiores, mas diz respeito apenas ao critério adotado para a fixação da pena. Tudo o mais neles decidido é válido, em face do princípio utile per inutile non vitiatur". II - Vige em nosso sistema o princípio do livre convencimento motivado ou da persuasão racional, segundo o qual compete ao juiz da causa valorar com ampla liberdade os elementos de prova constantes dos autos, desde que o faça motivadamente, com o que se permite a aferição dos parâmetros de legalidade e razoabilidade adotados nessa operação intelectual. III - Da explícita proscrição da prova ilícita, sem distinções quanto ao crime objeto do processo (CF, art. 5º, LVI), resulta a prevalência da garantia nela estabelecida sobre o interesse na busca, a qualquer custo, da verdade real no processo: consequente impertinência de apelar-se ao princípio da proporcionalidade -- à luz de teorias estrangeiras inadequadas à ordem constitucional brasileira -- para sobrepor, à vedação constitucional da admissão da prova ilícita, considerações sobre a gravidade da infração penal objeto da investigação ou da imputação. Já a afirmativa IV está incorreta, pois a Lei do Crime Organizado (Lei nº 12.850/2013) não veda a liberdade provisória de forma apriorística, mas sim estabelece requisitos mais rigorosos para a concessão da medida cautelar, como a necessidade de se garantir a ordem pública e a conveniência da instrução criminal. Além disso, a Convenção de Palermo (Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional) não trata especificamente da liberdade provisória, mas sim de medidas de cooperação internacional para prevenir e combater o crime organizado.
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