O início da vida escolar foi, para mim, um divisor de águas: por volta dos seis anos entendi que ser negra era um problema para a sociedade. Até então, no convívio familiar, [...] eu não era questionada [...] me sentia amada e não via nenhum problema comigo: tudo era ‘normal’. ‘Neguinha do cabelo duro’, ‘neguinha feia’ foram alguns xingamentos que comecei a escutar. Ser a diferente – o que quer dizer não branca – passou a ser apontado como um defeito. Comecei a ter questões de autoestima, fiquei mais introspectiva e cabisbaixa. Fui forçada a entender o que era racismo e a querer me adaptar para passar despercebida. Como diz a pesquisadora Joice Berth: ‘Não me descobri negra, fui acusada de sê-la’. [...]” (RIBEIRO, 2019, p. 23-24).
Assinale a alternativa que contenha as afirmativas corretas.
I. A escola foi o lugar em que Djamila descobre o racismo na sociedade brasileira;
II. O ambiente escolar ajudou Djamila a melhorar a sua auto-estima, sobretudo étnica;
III. O racismo fez Djamila Ribeiro se sentir acusada de ser negra.
A alternativa correta é a letra I, pois a autora Djamila Ribeiro afirma que foi na escola que ela percebeu que ser negra era um problema para a sociedade brasileira. As afirmativas II e III estão incorretas, pois a autora relata que o racismo afetou negativamente sua autoestima e que ela se sentiu acusada de ser negra.
Para escrever sua resposta aqui, entre ou crie uma conta
Compartilhar