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Qual é a relação teórica entre a abordagem histórica-estruturalista dos movimentos sociais e a tese de mito de passividade? O mito da passividade...

Qual é a relação teórica entre a abordagem histórica-estruturalista dos movimentos sociais e a tese de mito de passividade?


O mito da passividade conta a história dos vencedores em que a classe social explorada aceita passificamente a ordem social, sendo sempre o responsável por algum benefício alguém da elite, classe dominante e as grandes autoridades civís, eclisiais ou políticas. Cabe aos vencidos recontá-las que através das lutas de classes, dos movimentos socias que sempre lutaram, sendo um povo sofrido, mas que nunca fugiram à lutas.
A história é feita de fatos e versões. De acordo com a abordagem Histórico-Estruturalista, é importante compreendermos que as versões dominantes são apenas o ponto de vista do grupo vencedor na relação de conflito. Assim, a história oficial é sempre relativa, porque tende a expressar uma leitura parcial do fato ocorrido. Ela é a versão dos vencedores, preterindo ou negando o ponto de vista dos vencidos. No Brasil isto é facilmente constatado pelas versões ou ênfases dominantes da nossa história, que contribuem para criar no imaginário coletivo uma falsa ideia de um povo passivo e submisso. Estamos acostumados em olhar para os fatos históricos nacionais e nos depararmos com heróis oriundos das elites, nobres e militares. Personagens e ações populares são quase sempre preteridas ou tratadas de modo superficial. O povo aparece ideologicamente como expectador da própria história, incapaz e desinteressado de lutar por seus direitos. Deste modo, caberia ao homem comum aceitar resignadamente o status quo de opressão, como se fosse uma missão divina e esperar pelo ¿Salvador da Pátria¿.

Essa pergunta também está no material:

Relação entre Movimentos Sociais e Abordagem Histórico-Estruturalista
3 pág.

Prova SSS AV

Serviço Social Universidade Estácio de Sá - EADUniversidade Estácio de Sá - EAD

💡 1 Resposta

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A abordagem histórico-estruturalista dos movimentos sociais busca compreender a dinâmica dos movimentos sociais a partir de uma análise das estruturas sociais e das relações de poder que permeiam a sociedade. Nesse sentido, ela se contrapõe à visão que considera os movimentos sociais como meras expressões de insatisfação ou revolta de grupos sociais marginalizados. Já a tese do mito da passividade, como descrita na pergunta, afirma que a história oficial tende a apresentar uma visão parcial dos fatos, que privilegia o ponto de vista dos vencedores em detrimento dos vencidos. Essa visão tende a apresentar o povo como passivo e submisso, incapaz de lutar por seus direitos. Assim, a relação teórica entre a abordagem histórico-estruturalista dos movimentos sociais e a tese do mito da passividade está no fato de que a primeira busca compreender os movimentos sociais a partir de uma análise das estruturas sociais e das relações de poder, enquanto a segunda aponta para a necessidade de se considerar a visão dos vencidos na análise dos fatos históricos. Ambas as abordagens buscam superar a visão simplista e parcial da história oficial, que tende a apresentar uma visão distorcida dos fatos e das relações sociais.

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