A metodologia utilizada na pesquisa sobre violência e saúde no Brasil adotou os princípios da triangulação de métodos, que visa à combinação e o cruzamento de múltiplos pontos de vista, à tarefa conjunta de pesquisadores com formação diferenciada, à visão de vários informantes e ao emprego de uma variedade de técnicas de coleta de dados. A pesquisa teve um caráter cooperativo, constituindo-se como um trabalho de parceria entre o Centro Latino-Americano de Estudo em Violência e Saúde Jorge Careli (Claves/Ensp/Fiocruz) e vários centros de pesquisa dos municípios incluídos, responsáveis pela produção e análise dos dados locais. Foram selecionadas quatro capitais de cada região do país (Manaus, Recife, Rio de Janeiro e Curitiba) e o Distrito Federal, a partir de um estudo realizado por Souza et al. (2003) para o Ministério da Saúde, que ordenou, por magnitude, os 224 municípios do país com população acima de 100.000 habitantes, a partir de um índice sintético de violência que considerou o número de óbitos e as taxas de mortalidade por homicídio, acidente de transporte e suicídio, no ano de 2000. A pesquisa utilizou uma abordagem qualitativa e compreensiva focalizando a produção de depoimentos que compreendem representações, discursos e relatos de práticas.
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