Nesta época, para Freud, a repressão das pulsões parciais sádico-anais, em função do conflito com as pulsões do eu, conduz ao tempo de latência, no...
Nesta época, para Freud, a repressão das pulsões parciais sádico-anais, em função do conflito com as pulsões do eu, conduz ao tempo de latência, no qual se encontra visível apenas a face terna da sexualidade infantil, o que favorece as sublimações. No mesmo período a questão da escolha objetal é concebida, por Freud, na seguinte seqüência: inicialmente a criança dirige o interesse sexual ao próprio corpo, depois volta-o a um objeto exterior. Para ele, num primeiro tempo, geralmente coincidindo com fase anal-sádica, a escolha recai sobre um objeto homossexual. Esta escolha, ainda na referida fase, pode ou não ser substituída por um objeto heterossexual. Quando isso ocorre, as tendências homossexuais se unem às pulsões do eu e um elemento libidinal se introduz nas relações sociais e de amizade. É o que observamos acontecer no tempo de latência. Freud alerta, entretanto, que nos casos de psicose os impulsos homossexuais continuam intensos. Esta constatação conduz ao aprofundamento dos estudos sobre o eu, cujos resultados encontram-se na publicação do artigo Sobre o Narcisismo: uma introdução, em 1914.
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