O texto apresenta a comparação entre as posições de Melanie Klein e Anna Freud em relação ao tratamento de crianças no período de latência. Ambas concordam que há defesas erigidas e mantidas nesse período, mas diferem na forma de abordagem do tratamento. Klein sugere interpretar os conflitos inconscientes logo que surgem, enquanto Anna Freud busca a colaboração consciente da criança. Winnicott concorda em parte com ambas, pensando que quanto mais o analista interpreta o inconsciente melhor, mas também acha importante falar à inteligência da criança. Ele acredita que a compreensão intelectual do que se passa com a criança pode ser um poderoso aliado do tratamento. A interpretação no tratamento deve guiar-se apenas pela necessidade de fortalecer as estruturas mais fracas do eu e modificar aquelas que interferem no desenvolvimento normal. A análise deve ser interrompida quando a criança já tiver adquirido um certo grau de independência emocional e estiver pronta para enfrentar as dificuldades que a vida lhe apresenta.
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