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A linguagem como um artefato, portanto, não é um instrumento passivo cujo emprego preservaria intactos o agente e o mundo. As frases “Consolava-os ...

A linguagem como um artefato, portanto, não é um instrumento passivo cujo emprego preservaria intactos o agente e o mundo. As frases “Consolava-os a saudade de si mesmos” e “Tudo o que é humano me foi estranho” são artefatos, nesse sentido. Elas são efeitos da história efetiva e efetuadores históricos da língua portuguesa brasileira, pois elas instauram sentido e perfazem a língua e o mundo no qual elas e o inteiro texto a que pertencem tem sentido. Os sentidos delas, pelos quais elas podem ser apreendidas como significativas, não estavam já prontos e disponíveis como possibilidades antes de sua inscrição e leitura. Uma vez ditas ou escritas, essas frases é que tornam possível uma possibilidade de falar e escrever, por sua eficácia. A efetividade dessas frases, claro, funda-se na história efetiva que faz efeitos no escritor e no leitor. Porém, a efetividade da língua não implica que se possa deduzir essa possibilidade como uma possibilidade prévia. Essa possibilidade apenas emerge juntamente com o ato de fala, inscrição e leitura, o qual perfaz a própria possibilidade no sentido de tornar possível a si mesmo como ato significativo.

Essa pergunta também está no material:

Consideracoes_sobre_o_conceito_de_identi
431 pág.

Psicologia Universidade Federal FluminenseUniversidade Federal Fluminense

💡 1 Resposta

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O texto apresenta a ideia de que a linguagem não é um instrumento passivo, mas sim um artefato que é efetivo e efetuador histórico da língua portuguesa brasileira. As frases "Consolava-os a saudade de si mesmos" e "Tudo o que é humano me foi estranho" são exemplos de artefatos que instauram sentido e perfazem a língua e o mundo no qual elas e o inteiro texto a que pertencem tem sentido. A efetividade dessas frases funda-se na história efetiva que faz efeitos no escritor e no leitor, mas a possibilidade de falar e escrever apenas emerge juntamente com o ato de fala, inscrição e leitura, o qual perfaz a própria possibilidade no sentido de tornar possível a si mesmo como ato significativo.

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