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No decorrer da sua história secular, as lógicas produtivas do sistema mudaram. Não estamos mais no tempo em que produção industrial e cultura remet...

No decorrer da sua história secular, as lógicas produtivas do sistema mudaram. Não estamos mais no tempo em que produção industrial e cultura remetiam a universos separados, radicalmente inconciliáveis; estamos no momento em que os sistemas de produção, de distribuição e de consumo são impregnados, penetrados, remodelados por operações de natureza fundamentalmente estética. O estilo, a beleza, a mobilização dos gostos e das sensibilidades se impõem cada dia mais como imperativos estratégicos das marcas: é um modo de produção estético que define o capitalismo de hiperconsumo. Nas indústrias de consumo, o design, a moda, a publicidade, a decoração, o cinema, o show business criam em massa produtos carregados de sedução, veiculam afetos e sensibilidade, moldando um universo estético proliferante e heterogêneo pelo ecletismo dos estilos que nele se desenvolvem. Com a estetização da economia, vivemos num mundo marcado pela abundância de estilos, de design, de imagens, de narrativas, de paisagismo, de espetáculos, de músicas, de produtos cosméticos, de lugares turísticos, de museus e de exposições. LIPOVETSKY, Gilles e SERROY, Jean. A estetização do mundo – viver na era do capitalismo artista. São Paulo: Companhia das Letras, 2013. Os autores abordam no texto uma característica do mercado envolvendo a arte e a cultura na sociedade contemporânea. Essa característica pode ser entendida como uma:

a) elevação da propaganda e dos bens de consumo cotidianos aos status de arte, podendo ser expostos.
b) contaminação das formas artísticas com a estética e linguagem da propaganda e dos bens de consumo.
c) hierarquização entre arte e artesanato que persiste nos museus e galerias, influenciando o consumo.
d) mudança na forma como comerciais são feitos, hoje contando, por exemplo, com equipes cinematográficas.
e) penetração da estética nos bens de consumo, tensionando a separação entre arte, cultura e mercado.

Essa pergunta também está no material:

Aula_00_-_Conceitos_Básicos_-_Extensivo_2024 _enemconcursosgaucheallfree
131 pág.

💡 1 Resposta

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A alternativa correta é a letra e) penetração da estética nos bens de consumo, tensionando a separação entre arte, cultura e mercado. O texto aborda a estetização da economia, que implica na impregnação dos sistemas de produção, distribuição e consumo por operações de natureza estética, criando produtos carregados de sedução e veiculando afetos e sensibilidade. Isso molda um universo estético proliferante e heterogêneo, tensionando a separação entre arte, cultura e mercado.

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