Buscar

As pessoas deveriam concordar ou não com afirmacoes como “Demora muito tempo para lavar minhas mãos com sabonete cada vez que eu cozinho”, ou “Se e...

As pessoas deveriam concordar ou não com afirmacoes como “Demora muito tempo para lavar minhas mãos com sabonete cada vez que eu cozinho”, ou “Se estiver com fome, geralmente não me preocupo em lavar as mãos antes de comer”, ou dizer a frequência com que elas limpavam a cozinha ou o banheiro. Brasil e Alemanha tiveram os melhores índices de higiene, sendo que os brasileiros apresentam a menor frequência de gripe e diarreia. O estudo, conduzido pelo Global Hygiene Council, é o maior já feito sobre hábitos de higiene e saúde. Ele sugere que os brasileiros lavam mais as mãos – uma das melhores maneiras de prevenir infecções por contaminação – justamente porque acham que estão mais suscetíveis às infecções. Os brasileiros são, também, os que menos apresentam doenças infecciosas. Lavar as mãos com frequência, aqui, significa mais de cinco vezes ao dia. Se contarmos as vezes que vamos ao banheiro por dia e as três refeições diárias básicas, esse número é até pequeno. É grande a quantidade de brasileiros que sente culpa se sair do banheiro sem lavar as mãos: 81% – por isso 80% se obrigam a fazê-lo. Entre os resultados gerais, a pesquisa mostrou que as pessoas que lavam as mãos são cerca de dez vezes mais higiênicas, muito provavelmente porque seus hábitos estão automatizados, fazem parte da rotina. As pessoas organizadas são mais higiênicas que as bagunceiras. Já as pessoas mais frágeis e/ou sensíveis e nervosas desenvolvem 10% mais gripe (seguida de febre) e diarreia do que as calmas. Quem tem bons hábitos de higiene pessoal possui baixa probabilidade de contrair resfriados e diarreia, resultando em quase três vezes mais chances de ter uma boa saúde. Na visão do virologista John Oxford, presidente do Global Hygiene Council e diretor do Retroscreen Virology e do Hospital Real de Londres, as determinantes para uma boa higiene e, consequentemente, uma boa saúde são hábito, consciência dos benefícios, boas maneiras (como cobrir a boca para tossir) e organização. Automatizar os hábitos é a melhor maneira para mudar o comportamento. “Fiquei maravilhado com as crianças aqui no Brasil escovando os dentes logo após o almoço, na escola”, ele disse. As mulheres tendem a ter melhores hábitos de higiene pessoal (59,5%) do que os homens (44,5%), e este índice aumenta com a idade, com o nível de renda e educação. Quanto mais velho, mais dinheiro e escolaridade tiver, melhores os hábitos. Não é à toa que as donas de casa são mais higiênicas (64,5% apresentaram ótima higiene pessoal), enquanto os estudantes mostraram os piores índices (44,5% com bons hábitos de higiene). A limpeza de casa segue o mesmo raciocínio: as mulheres são mais cuidadosas que os homens. Reino Unido e Austrália reportaram os mais altos índices de higiene doméstica, enquanto China, Malásia e Oriente Médio (Arábia Saudita e Emirados Árabes) reportaram os mais baixos. Também por isso, as populações desses países foram os que mais reclamaram algum tipo de infecção. A presença da bactéria Escherichia coli indica contaminação – pode ser tanto da água quanto de superfícies de móveis de casa. Segundo Oxford, uma pesquisa feita há três anos mostrou que esse organismo está presente até mesmo no interior da frigideira, ou no pano de cozinha – provavelmente contaminados por alguém que não lavou as mãos. A bactéria sobrevive até três dias, dependendo das condições do ambiente. Acontece o mesmo com o vírus influenza, da gripe. Se uma pessoa espirrar ou tossir e não lava as mãos, contaminará tudo o que ela tocar. O rotavírus, responsável pela gastroenterite, e o vírus da hepatite A podem sobreviver mais de 60 dias. Um estudo publicado no Journal of Medical Virology, e comentado pela pediatra Giuliana Durigon, mostrou que, na casa de pessoas com resfriado, 40% das superfícies estavam contaminadas. Ou seja, o rinovírus estava em maçanetas, controles remotos e torneiras, todos eles contaminados pelas mãos. Outro trabalho, publicado em 2005 no Lancet e feito no Paquistão, mostrou que o uso de sabonete podia reduzir em até 50% os casos de pneumonia em crianças menores de cinco anos. De acordo com Giuliana, um estudo, publicado no International Journal of Environmental Research and Public Health, com voluntários que passaram em locais públicos (escadas, corrimões, ônibus etc.) indicou que lavar as mãos com sabão é muito melhor do que com apenas água para evitar a presença de bactérias. “A lavagem das mãos e o uso de sabonete pode ter grande impacto na saúde da população com um todo”, afirma.

Essa pergunta também está no material:

Biossegurança em Serviços de Saúde
194 pág.

Biossegurança em Serviços de Saúde UniasselviUniasselvi

💡 1 Resposta

User badge image

Ed Verified user icon

Não há uma pergunta clara na sua descrição. Por favor, formule uma pergunta específica para que eu possa ajudá-lo.

0
Dislike0

✏️ Responder

SetasNegritoItálicoSublinhadoTachadoCitaçãoCódigoLista numeradaLista com marcadoresSubscritoSobrescritoDiminuir recuoAumentar recuoCor da fonteCor de fundoAlinhamentoLimparInserir linkImagemFórmula

Para escrever sua resposta aqui, entre ou crie uma conta

User badge image

Outros materiais