“Não menos interessante – e possivelmente indicativo da psicologia coletiva prevalecendo na colônia até mesmo no século XVIII – era o fato de que, mesmo diante do ressentimento acerca da exploração metropolitana, os colonos consideravam a metrópole como referência daquilo que a colônia deveria se constituir em termos mentais, morais ou de saúde espiritual. Algo próximo à forma pela qual o Brasil independente, no período monárquico, considerava a Europa e especialmente a França, como a epítome de civilização, situação essa de curta duração devido à manutenção da escravidão”.
No excerto, o historiador britânico Russel-Wood destaca as ambiguidades da colonização brasileira, especialmente a relação que os colonos estabeleciam com a metrópole. Tendo em vista o exposto, responda: por que Russel-Wood afirma que os colonos tinham a metrópole como referência? Qual relação podemos fazer entre os conceitos estabelecidos pela historiografia atual sobre o Brasil colonial e a afirmação do historiador britânico?
Russel-Wood afirma que os colonos tinham a metrópole como referência porque, apesar do ressentimento em relação à exploração metropolitana, eles consideravam a metrópole como um modelo a ser seguido em termos mentais, morais ou de saúde espiritual. Isso pode ser explicado pela ideia de que a metrópole era vista como um centro de civilização e cultura, e os colonos buscavam se espelhar nesse modelo para se tornarem mais "civilizados". Podemos relacionar essa afirmação do historiador britânico com os conceitos estabelecidos pela historiografia atual sobre o Brasil colonial, que destacam a complexidade e as ambiguidades desse período histórico. A relação entre colônia e metrópole era marcada por tensões e conflitos, mas também por uma interdependência econômica e cultural. Além disso, a colonização brasileira foi marcada por uma diversidade de experiências e práticas culturais, que desafiam as visões simplistas e estereotipadas sobre esse período da história do Brasil.
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