No caso apresentado a partir no texto-base, é possível concluir que tal mecanismo de inclusão é normativo, ou seja, estipula regras legais que deve...

No caso apresentado a partir no texto-base, é possível concluir que tal mecanismo de inclusão é normativo, ou seja, estipula regras legais que devem ser cumpridas para alcance do objetivo final (mais mulheres compondo uma casa legislativa).
A) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa equivoca-se pela noção de empoderamento e valorização de mulheres, no entanto, esquece-se de que ações afirmativas (como as de cotas de gênero) não buscam impactar individualmente atores sociais, mas sim realizar reparações históricas para uma classe e sua extensão. Assim, deve-se compreender que cotas não são dadas para indivíduos específicos, mas sim para uma classe socialmente desprivilegiada.
B) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa entende que políticas de cota buscam maior igualdade entre gêneros, no entanto, esquece-se de que tais medidas não são definitivas, ou seja, não representam obrigatoriamente uma mudança estrutural e precisa na sociedade. Neste ponto de vista, deve-se compreender que, mesmo ampliando normativamente a participação de mulheres, podem ocorrer fraudes, inabilidades e diversas contradições nesse processo. Além disso, pode-se entender que as cotas não se estendem ordinariamente para todas as mulheres da classe, necessitando de outras políticas inclusivas associadas a estas.
C) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa não se atenta aos dados indicados no texto-base. Nele, destaca-se que mulheres já estão presentes e atuam em parlamentos, no entanto, representam uma minoria extremamente reduzida. Dessa maneira, as cotas visam ampliar e estimular maior participação dessa classe, e não fomentar uma inclusão inédita.
D) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa pauta-se por uma interpretação equivocada do texto-base e do conceito de paganismo. A ênfase do documento incide na afirmação de que a religião tupi-guarani era uma religião sem Deus, uma crença sem teologia. Portanto, a religião tupi-guarani não poderia ter uma variedade de deuses, pois ela sequer recorria à noção de Deus em sua visão de mundo.
E) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa faz um juízo de valor que extrapola o escopo da questão. As diferenças entre a religião Tupi e o cristianismo não se devem a uma suposta superioridade evolutiva do cristianismo, mas sim aos diferentes fundamentos culturais subjacentes a essas duas religiões. A religião tupi é não teológica e organiza o mundo por meio de categorias que prescindem da noção de Deus; já o cristianismo é uma religião proponente de uma visão de mundo altamente centrada na figura de Deus.
A) CORRETA. No excerto, Hélène Clastres argumenta que uma das principais características da religião tupi-guarani era sua natureza não teológica. Em outras palavras, ela chama a atenção para o fato de que se tratava de uma religião que não se organizava em torno da ideia de Deus. Do ponto de vista desse sistema de crença, não havia uma distinção evidente entre os homens e os deuses. Entendia-se que os próprios homens poderiam tornar-se deuses caso chegassem à Terra sem Mal – uma região precisamente localizada no mundo real, e acessível a todos os vivos. Essa é a característica que faz da religião tupi-guarani algo tão diferente do cristianismo, e que também explica o desdém e o estranhamento dos cristãos para com essa crença, dado que o cristianismo distingue radicalmente o criador de sua criação.
B) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa mobiliza uma informação que extrapola o escopo do enunciado e do texto-base. Muito embora o canibalismo fosse, de fato, uma prática corrente entre os povos tupi-guarani e, com efeito, uma prática que os distinguia dos costumes cristãos, não há qualquer alusão a ela no texto. Portanto, a alternativa não satisfaz ao comando do enunciado, que pede ao aluno que identifique os elementos que explicam a diferença assinalada pelo texto.
C) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa, muito embora reconheça corretamente a natureza não teológica da religião tupi-guarani, imputa a essa religião um caráter rudimentar e primitivo que não lhe é atribuído pela autora do texto-base. Portanto, a alternativa não satisfaz o comando do enunciado, que pede ao aluno que identifique os elementos que explicam a diferença assinalada pelo texto.
D) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa pauta-se por uma interpretação equivocada do texto-base e do conceito de paganismo. A ênfase do documento incide na afirmação de que a religião tupi-guarani era uma religião sem Deus, uma crença sem teologia. Portanto, a religião tupi-guarani não poderia ter uma variedade de deuses, pois ela sequer recorria à noção de Deus em sua visão de mundo.
E) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa faz um juízo de valor que extrapola o escopo da questão. As diferenças entre a religião Tupi e o cristianismo não se devem a uma suposta superioridade evolutiva do cristianismo, mas sim aos diferentes fundamentos culturais subjacentes a essas duas religiões. A religião tupi é não teológica e organiza o mundo por meio de categorias que prescindem da noção de Deus; já o cristianismo é uma religião proponente de uma visão de mundo altamente centrada na figura de Deus.