A alternativa correta é a letra E, pois o poema trata de um amor não revelado, que é oculto e internalizado no eu lírico. Esse sentimento encoberto contrapõe-se paradoxalmente ao que é oferecido, o qual se mostra tanto dado quanto perdido. Isso é evidenciado na segunda estrofe: “não te dou senão / o que vou tecendo / de perda em perda”. Observa-se, portanto, uma justaposição de contrários: o amor guardado não pode ser revelado, já que, no processo de revelação, há uma perversão do que é dado (“o que dou perverte / o que dou”). Esse aspecto também é evidenciado no título: “O indizível”.
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