De acordo com a Súmula Vinculante 11 do Supremo Tribunal Federal (STF), a utilização de algemas é proibida, salvo em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado. Portanto, caso o preso tenha sido mantido algemado fora das hipóteses mencionadas ou sem que tenha sido apresentada justificativa por escrito, as consequências podem ser a nulidade da prisão, a nulidade do ato processual no qual participou o preso, a responsabilidade disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade responsável pela utilização das algemas e a responsabilidade civil do estado. A Súmula Vinculante 11 continua valendo mesmo após o Decreto nº 8.858/2016, que praticamente repetiu as mesmas hipóteses previstas na súmula vinculante, acrescentando, contudo, a proibição das algemas para mulheres em trabalho de parto e logo após.
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