A pretensão de Antônio pode ser considerada procedente, pois a queda brusca na taxa de juros pode ser caracterizada como um fato imprevisível, que afetou o equilíbrio contratual. A teoria da imprevisão é aplicável nesse caso, pois se trata de uma situação excepcional que não poderia ser prevista pelas partes no momento da celebração do contrato. De acordo com o Código Civil, para que a teoria da imprevisão seja aplicada, é necessário que ocorram os seguintes requisitos: a) fato imprevisível; b) onerosidade excessiva; c) ausência de risco assumido; d) ausência de fato do próprio devedor. No caso em questão, a queda brusca na taxa de juros pode ser considerada um fato imprevisível, que gerou uma onerosidade excessiva para Antônio. Além disso, não há evidências de que ele tenha assumido o risco de uma variação tão significativa na taxa de juros. Portanto, é possível que a teoria da imprevisão seja aplicada para readequar a taxa de juros do contrato à nova realidade dos juros.
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