O título provocativo do seminal trabalho de Barthes, “A morte do autor” não passa disso, uma provocação. Diferentemente de Nietzsche, Barthes não p...

O título provocativo do seminal trabalho de Barthes, “A morte do autor” não passa disso, uma provocação. Diferentemente de Nietzsche, Barthes não pretende encerrar de vez a influência de um criador sobre sua obra, longe disso. Na perspectiva apresentada pelo autor, o autor, força motriz da obra, gênese da narrativa, ainda apresenta papel essencial na criação do sentido da obra, mas não encerra em si o significado completo daquilo que escreve. 

Barthes não pressuporia que um texto viesse a existir do nada, mas ao diferir autor de escritor, propõe uma reflexão acerca da autoria do sentido, reconstruindo o elo que havia se perdido entre o leitor e o significado particular que a obra pode ter.

A partir do texto acima, assinale a alternativa que melhor resumiria o pensamento de Roland Barthes acerca do papel do autor na criação do sentido em uma obra literária.

Escolha uma opção:

a.

Diferentemente de Nietzsche, Barthes valoriza o ato criador mais do que os sentidos provenientes da leitura.

b.

Para Barthes o autor é o organizador das ideias, aquele que permite a existência do texto literário, mas é somente com o leitor que o sentido da obra se concretiza.

c.

Para Barthes, assim como para Nietzsche, o autor é apenas o criador da obra literária e não influência em nada o sentido de sua obra após sua finalização.

d.

Barthes apregoa que o leitor deveria matar o autor de uma obra, o que significa dizer que, após a leitura, não deveria buscar saber as intenções do autor sobre a mesma.

e.

Para Barthes, o verdadeiro autor de uma obra literária é o leitor, pois só ele é capaz de dar sentido à obra