As diferenças entre as modalidades de trabalho compulsório nas colônias espanholas e portuguesas na América têm origens históricas e culturais distintas. No caso do Brasil e do Caribe, a escravidão africana foi a principal forma de trabalho compulsório, pois os portugueses e espanhóis encontraram nessas regiões uma grande oferta de mão de obra escrava, proveniente do tráfico negreiro transatlântico. Além disso, a escravidão africana era justificada pela ideologia do racismo, que considerava os africanos como seres inferiores e destinados ao trabalho servil. Já nas colônias espanholas, como México e Peru, a população indígena era muito numerosa e foi submetida a um sistema de trabalho compulsório conhecido como "encomienda". Nesse sistema, os espanhóis recebiam o direito de explorar a mão de obra indígena em troca de proteção e evangelização. Embora a encomienda fosse formalmente abolida no século XVI, a exploração dos povos indígenas continuou por meio de outras formas de trabalho compulsório, como a mita e a repartição. Em resumo, as diferenças entre as modalidades de trabalho compulsório nas colônias espanholas e portuguesas na América se devem às diferentes condições históricas, culturais e econômicas encontradas em cada região.
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