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Tatuagens são para sempre (Texto Adaptado) Eu não tenho tatuagens. Na minha geração não era moda. Quando se tornou moda, nos anos 90, eu não conse...

Tatuagens são para sempre (Texto Adaptado) Eu não tenho tatuagens. Na minha geração não era moda. Quando se tornou moda, nos anos 90, eu não consegui embarcar. Tenho dificuldade em responder às duas perguntas básicas que antecedem a tatuagem: onde tatuar e o quê tatuar. Imagino que essas dúvidas expressem uma resistência mais profunda. Tatuagens são para sempre e eu tenho dificuldade com o que é irremovível. Vou morrer com a tela do corpo intacta – ou, pelo menos, livre de marcas voluntárias. Mas, ao meu redor, as tatuagens se multiplicam. São como itens de série num grupo de mulheres urbanas entre 20 e 30 anos. Em geral, vêm em dupla: uma na nuca, outra no ombro; uma no pé, outra na virilha; uma no cóccix, outra na panturrilha. Os temas das tatuagens também são parecidos, o que faz com que as pessoas fiquem mais ou menos iguais. Homens e mulheres. Houve um tempo em que fui tocado pela novidade e achei que esses adereços expressavam alguma forma de rebeldia. Ou de erotismo. Hoje eles não me dizem muita coisa, num terreno ou no outro. A revolta embutida nas tatuagens-padrão ficou para trás há muito tempo. Para chocar, hoje em dia, é preciso cobrir uma vasta porção do corpo – ou inventar um desenho totalmente inusitado. E bem agressivo. No capítulo do erotismo, uma pele sem mácula me parece tão sensual quanto uma pele desenhada, talvez mais. Vi este fim de semana as fotos da Cléo Pires sem roupa e fiquei com a impressão de exagero – com todas aquelas palavras tatuadas, a moça parecia São Paulo antes da lei Cidade Limpa. Continuava linda, mas, de alguma forma, aquele monte de desenhos desviava a atenção do essencial. Oscar Niemeyer, um homem que entende de beleza, disse uma vez que o corpo da mulher é a forma perfeita – por que, então, conspurcá-lo com tantas intervenções desnecessárias? Fica a pergunta. MARTINS, Ivan. Revista Veja, 18/08/2010 Pela leitura do texto, pode-se inferir que: Escolha uma opção: a. o cronista considera Oscar Niemeyer um homem que entende de beleza e que reprova o uso de tatuagens, uma vez que o arquiteto as considera intervenções desnecessárias. b. A alusão às fotos da atriz Cléo Pires foge ao tema da crônica, caracterizando-se como um desvio do tema central, uma vez que trata de sensualidade e beleza. c. Tendo como referência a década de 1980, o cronista considera que, em dado momento, considerou o uso de tatuagens como forma de rebeldia e erotismo. d. O cronista considera que a multiplicação das tatuagens é traço revelador da igualdade entre homens e mulheres do século XXI. e. Oriundo de uma geração em que a tatuagem servia como manifestação de rebeldia, o cronista constata que dificilmente faria uma tatuagem, uma vez que tais pinturas corporais são irremovíveis.

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Pela leitura do texto, pode-se inferir que a alternativa correta é a letra e: Oriundo de uma geração em que a tatuagem servia como manifestação de rebeldia, o cronista constata que dificilmente faria uma tatuagem, uma vez que tais pinturas corporais são irremovíveis.

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